Por Jair Pereira de Souza
Botucatu sempre foi um celeiro de atletas do futebol e teve campeonatos varzeanos considerados referência na região e até no estado, principalmente entre os anos 60 a 80 por campos onde desfilaram grandes artistas da bola. Em busca desse passado o Acontece Botucatu, através do empresário Jair Pereira de Souza, estará resgatando a memória do futebol amador de Botucatu trazendo grandes craques do passado.
O primeiro a ser entrevistado é Ariovaldo Zanchitta, mais conhecido como Vadão, que vestiu a camisa de várias equipes botucatuenses, sendo inúmeras vezes campeão e é considerado um dos maiores zagueiros da história. É muito querido de todos aqueles que conviveram e convivem com ele.
Acontece – Quais os times que você jogou?
Vadão – Eu joguei no Alvorada, Botucatu Atlético Clube (BAC), Sete de Setembro, Rodoviário e também em São Manuel onde disputei o Campeonato Amador e tive a felicidade de ser campeão e o Campeonato Amador do Estado por São Manuel e Itaí.
Acontece – Cite um momento que mais te emocionou, que foi marcante e que nunca esquece dentro do futebol?
Vadão – Foi num jogo no estádio da Associação Atlética Ferroviária (AAF) entre BAC e Sarta Moita. Nosso time perdia de 1×0 e num escanteio no segundo tempo marquei um gol olímpico. Outro momento foi quando fui considerado o melhor lateral esquerdo do campeonato isso em 1975. Estava com 21 anos e fui selecionado para jogar na seleção de Botucatu para disputar os Jogos Regionais em Mogi das Cruzes.
Acontece – Conte, também, um momento triste que aconteceu com você no futebol?
Vadão – Foi quando num jogo amistoso, sem importância nenhuma, torci o joelho, sendo que na semana seguinte numa quarta feira iria para Marília fazer um teste para seguir a carreira profissional porque este era meu sonho, me profissionalizar como jogador e um dia jogar no Palmeiras que é meu time de coração.
Acontece – Tem algum jogador que no seu conceito foi um dos melhores que jogou ao seu lado?
Vadão – Sim! Foi o Jorge Aguiar, eu era zagueiro central e o Jorge quarto zagueiro. Jogamos juntos no BAC e como ele é alto e subia bem de cabeça eu sempre fazia os cruzamentos e ele fez muitos gols. Esta também é uma fase que nunca esqueço.
Acontece – Qual a sua principal qualidade como jogador?
Vadão – Eu era um jogador técnico que tinha um bom passe. Por ser alto subia bem de cabeça e falava bastante com meus companheiros e falava até demais. Assim, exercia uma função de segundo técnico.
Acontece – Atualmente você continua em atividade no futebol?
Vadão – Sim! Jogo no time A 50 futebol master da Associação Atlética Ferroviária (AAF) e também pratico vôlei da Terceira Idade e estou disputando a Liga Sorocabana. O esporte só tem feito bem para mim que com 60 anos ainda estou ai na ativa.
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