Pelé estava internado no Hospital Albert Einstein, onde lutava contra um câncer no cólon.
Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, morreu nesta quinta-feira, dia 29, aos 82 anos. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein desde novembro, onde lutava contra um câncer no cólon.
A família ainda não divulgou detalhes sobre o velório, mas uma estrutura foi montada na Vila Belmiro nos últimos dias para receber a vigília. O sepultamento ocorrerá em Santos.
Segundo boletim médico divulgado à imprensa na última semana, o ex-jogador teve piora no quadro clínico. O Rei não respondia mais às terapias quimioterápicas e estava sob cuidados paliativos, recebendo medidas de conforto para aliviar dores e falta de ar.
O Atleta do Século estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde 29 de novembro. A internação aconteceu em virtude de uma infecção respiratória após ele contrair Covid-19 e para a reavaliação do tratamento de um câncer no cólon.
Pelé passou por uma cirurgia para a retirada do tumor em 4 de setembro do ano passado. Ele chegou ficar estável após a cirurgia, mas teve de retornar para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 17 de setembro, depois de um quadro de instabilidade respiratória.
Pelé deixa sete filhos e a esposa Márcia Aoki, com quem estava casado desde 2016. Do primeiro casamento, com Rosemeri Cholbi, nasceram Kelly Cristina, Edinho e Jennifer. O ex-jogador também é pai dos gêmeos Joshua e Celeste, de seu relacionamento com a psicóloga Assíria Lemos. Além desses, Pelé teve duas filhas fora do casamento: Sandra Regina, que só obteve o reconhecimento da paternidade pela Justiça, morta em 2006, e Flávia.
O Rei do futebol
Pelé é considerado o maior jogados de todos os tempos. Foi tricampeão do mundo pela seleção, conquistado as taças de 1958, 1962 e 1970.
Natural de três corações, em Minas Gerais, Pelé jogou no BAC de Bauru e Cosmos de Nova Iorque, mas sua vida foi marcada mesmo com a camisa do Santos Futebol Clube.
O Rei do Futebol levantou 45 taças vestindo a camisa do Santos. Suas principais conquistas foram a Libertadores e o Mundial de 1962 e 1963, respectivamente. Com 18 anos de história pelo Peixe, o maior de todos os tempos marcou 1.091 gols em 1.116 jogos.
O maior jogador de futebol de todos os tempos estreou na Seleção em 1957, numa partida da Copa Rocca contra a Argentina, quando também fez seu primeiro gol com a camisa amarelinha. Pela equipe brasileira, com apenas 17 anos, venceu a Copa do Mundo na Suécia, em 1958.
Quatro anos depois, se machucaria na segunda rodada do Mundial do Chile, também vencido pelo Brasil. Após ser caçado em campo com duras faltas na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, ele comandou o lendário time brasileiro ao tricampeonato mundial em 1970, no México – é o único jogador a vencer três Copas.
Foi 10 vezes campeão paulista entre 1958 a 1962, 1964 a 1967 e 1973. Foi campeão da Taça Brasil entre 1961 e 1965. Esses títulos foram o início de um total de 61 títulos oficiais conquistados em sua carreira, entre eles o tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira em 1958, 1962 e 1970.
Pelo Santos, Pelé é dono de marcas impressionantes: venceu dez vezes o Campeonato Paulista, torneio do qual foi o artilheiro por nove temporadas seguidas. Ainda foi bicampeão da Libertadores e do Mundial de clubes, em 1962 e 1963. Foi também com a camisa branca do Peixe que marcou seu milésimo gol, contra o Vasco, no Maracanã, no dia 19 de novembro de 1969.
Segundo números do Santos, Pelé marcou pelo clube 1.091 gols em 1.116 jogos. Com a camisa canarinho, Pelé disputou 113 jogos e marcou 95 gols, de acordo com números da CBF. Nas contas da Fifa, que considera apenas jogos entre seleções, são 77 gols em 91 partidas.
Em toda a carreira, Pelé fez 1.282 gols em 1.364 partidas na contabilização feita pelo Santos. Nas redes sociais, o Rei dizia ter feito um a mais, 1.283.
Em 1981 Pelé foi eleito “O Atleta do Século”, em votação com gente do mundo inteiro, realizada pelo jornal L’Équipe. Em 2014 foi inaugurado em Santos, São Paulo, no casarão do Volongo, construção do século XIX, no centro da cidade, o Museu Pelé, o único dedicado a um único esportista.
Sem as chuteiras, tornou-se um astro internacional, foi astro de cinema, gravou discos e emprestou sua imagem para vender uma infinidade de produtos, o maior garoto-propaganda tupiniquim. Teve uma vida atribulada, com polêmicas que vez ou outra o fizeram de vidraça. Ganhou fama de pé-frio, com seus palpites de pontaria que não poderia ser comparada, nem de longe, à de seus chutes.
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