Por: Jair Pereira de Souza
No auge dos seus 72 anos de idade, Lourival de Oliveira, mais conhecido como Furinho, foi um dos grandes meio-campistas que desfilou pelos campos de futebol no Campeonato Amador de Botucatu. Jogador de técnica apurada que nunca dava chutão e dominava a bola com rara maestria. Em entrevista ao Acontece Furinho contou um pouco de sua trajetória futebolística.
Acontece – Furinho como foi iniciada a sua trajetória como jogador de futebol?
Furinho – Iniciei com 10 anos de idade e meu primeiro campeonato foi no infantil da Vila Maria onde tive a felicidade de ser campeão em 1953 e 1954 e vice-campeão em 1955. Fui para o amador em 1957 jogando pela Vila Maria e campeão outras duas vezes. Joguei também pela Associação Atlética Ferroviária (AAF) onde fui campeão mais duas vezes. Disputei também o Campeonato Amador do Estado por um time de Conchas.
Acontece – Fale um momento que você nunca esquece, que ficou marcado na sua memória no futebol.
Furinho – Foi no Campeonato Amador de 1964, num jogo no campo de Vila Maria, entre Vila Maria e Lageado. Nosso time (Vila) estava perdendo de 4×0 e viramos o jogo em 6×4. Um dos melhores jogos que disputei.
Acontece – Agora, Furinho, conte um momento triste que não foi bom no futebol.
Furinho – Não tinha 18 anos ainda e disputava o Campeonato das Ferrovias, num jogo entre a Ferroviária de Botucatu e a de Iperó. Sofri uma contusão no joelho e tive que fazer uma cirurgia. Esta contusão atrapalhou muito a minha carreira no futebol.
Acontece – Furinho você poderia nos descrever um gol que você fez e que nunca esquece?
Furinho – Fiz um gol de dentro do grande círculo do meio de campo. Eu jogava pela Ferroviária contra o Derac de Itapetininga na Taça São Paulo. Ganhamos este jogo de goleada: 4×0.
Acontece – Qual jogador que você considera um dos melhores que jogou ao seu lado?
Furinho – Para mim um dos melhores foi o Nivaldo Calônego que era um meia-esquerda de muita categoria e sabia trabalhar bem a bola. Era um clássico.
Acontece – Você sonhou um dia jogar num grande time profissional?
Furinho – Nunca tive este sonho. Gostava mesmo era de jogar o Campeonato Amador, com os amigos, defendendo a Ferroviária ou Vila Maria que era meu bairro. Jamais pensei em ser profissional, que na minha época, não tinha valor nenhum.
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