Chances perdidas, erro da arbitragem e gritos homofóbicos marcam partida
Por Giovanni Luque
Para mais de 44 mil são – paulinos presentes no Morumbi, São Paulo e Corinthians protagonizaram um jogo bastante interessante. Em noite que brilharam os goleiros, os times de Fernando Diniz e Tiago Nunes conseguiram, pelo menos parcialmente, levar emoção a quem assistiu à partida.
Pressionado pela derrota contra o Santo André e pelo 3º lugar do grupo – fora da zona de classificação -, Diniz repetiu a escalação dos últimos jogos. Mesmo com Antony e Igor Gomes de volta da Seleção Olímpica, o treinador optou por manter o trio Vitor Bueno – Pato – Pablo no comando de ataque da equipe.
Do lado corinthiano, muito mais instável devido à eliminação de quarta – feira, Tiago Nunes promoveu mudanças. Sidcley deu lugar a Lucas Piton e Yony González recém – chegado do Benfica, estreou, como titular, no lugar do jovem Pedrinho. Mas não foi muito bem, muito por conta de não estar na forma física ideal.
No 1º tempo, os donos da casa e do posto de time que mais finaliza no Paulista (já soma 120 arremates) foram quem tomaram a iniciativa do ataque. Entretanto, o problema também era a finalização. Pablo chutou para fora, aos 15 minutos; Pato bateu fraquinho aos 17; e Hernanes nem chutou, mesmo cara a cara com Cássio, aos 33. Falando em Cássio, o goleiro só precisou trabalhar em duas finalizações, uma de Vitor Bueno e outra de Daniel Alves, ambas de fora da área.
Em compensação, o Timão, quando chegou, levou muito perigo. No finzinho da 1ª etapa, Cantillo achou Fagner na ponta, que cruzou no meio para Boselli. O argentino tirou de Volpi e perdeu um pouco do controle da bola; quando chutou, o goleiro são – paulino se recuperou e salvou, em cima da linha, o que seria o 5º gol do centroavante no campeonato.
No 2º tempo, o jogo deu uma boa esfriada. E, nesse parágrafo, vai uma menção honrosa aos goleiros. Tiago Volpi, aos 43 minutos, fez uma linda defesa em cobrança de falta de Luan. Linda mesmo. Tão bonita quanto a ação de Cássio, 4 minutos depois, em finalização de Bruno Alves. Antes, aos 15, o goleiro já havia defendido finalização à queima – roupa de Pato (mesmo que o árbitro tenha dado tiro de meta).
Também no final, a maior polêmica do jogo. Igor Gomes arma para finalizar e recebe o contato de Camacho, dentro da área. Na visão de Sálvio Spinola, comentarista de arbitragem da Globo, pênalti claro. Se o são – paulino puxar pela memória, verá que é o 3º jogo seguido em que a equipe perde pontos por conta de ações da arbitragem. Complicado.
Para encerrar, um fato triste. Logo no início, os capitães foram chamados pelo juiz para tratar dos gritos homofóbicos entoados pela torcida são – paulina. Em pleno 2020 e mesmo com as várias normas e discussões sobre isso, o tema ainda está na boca dos torcedores de TODOS os clubes. Já passou da hora de parar.
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