25 fevereiro 2019
Por Giovanni Luque
No confronto da melhor defesa contra o melhor ataque do campeonato, o empate foi um placar justo em vista do que foi o jogo. Lindas defesas, gols perdidos e até pênalti polêmico alegraram a noite paulistana no Allianz Parque.
Muito falou – se, durante a semana, do reencontro de Felipão e Sampaoli e, consequentemente, do primeiro clássico entre Santos e Palmeiras. Pensando nisso, os dois treinadores levaram a campo duas formações diferentes das usuais, mas que, em nenhum momento, tornaram o jogo menos bonito de se ver.
O técnico santista ousou e montou o misto do Peixe com apenas dois zagueiros e o volante Yuri fazendo as vezes de um terceiro homem da defesa, deixando Matheus Ribeiro e Copete como dois alas abertos e avançados. Sem o artilheiro Jean Mota, a criação das jogadas ficou a cargo de Cueva e Jean Lucas, que serviam Rodrygo e Derlis González no ataque alvinegro.
Já Felipão, em outra escalação alternativa e com a escolha por Thiago Santos e Moisés, povoou o meio de campo e deu a Raphael Veiga a função de municiar o trio de ataque, formado por Dudu, Felipe Pires e Borja. No segundo tempo, com a entrada de Ricardo Goulart, o time se tornou mais ofensivo e o gol, devido a duas intervenções de Éverson, por pouco não saiu.
O primeiro tempo foi de muito estudo por parte das duas equipes e o jogo, que começou chuvoso, só foi esquentar aos 35 minutos, com uma bela defesa do goleiro santista, em chute de Thiago Santos. O Peixe teve maior posse de bola (cerca de 60%), mas a melhor chance da primeira etapa caiu nos pés do contestadíssimo Miguel Borja. Victor Luís recebeu passe de Dudu e cruzou na área, então, a bola chegou ao colombiano de 35 milhões de reais que, totalmente sem goleiro, perdeu o gol.
No segundo tempo, o jogo melhorou bastante e tivemos, pelo menos, 8 chances reais de gol. Weverton salvou o Palmeiras de levar gols em duas boas finalizações de Derlis González e do estreante nessa temporada Matheus Ribeiro. Já Éverson, que quando chegou, foi envolvido em polêmica com Vanderlei e o treinador, mostrou que está em forma e briga por posição ao fazer dois milagres nas cabeçadas de Dudu e Gustavo Gómez.
Como todo clássico, sempre há uma pequena polêmica que renderá discussões ao longo de toda a semana. E neste Palmeiras x Santos, não poderia ser diferente. Aos 10 minutos do segundo tempo, o garoto Jean Lucas finaliza e a bola bate em cheio na mão do paraguaio Gustavo Gómez dentro da área. Na análise do comentarista de arbitragem da Globo, Leonardo Gaciba, pênalti não marcado a favor do Santos.
No duelo deste último sábado, o Palmeiras e sua melhor defesa (apenas 2 gols sofridos) conseguiram parar o Santos e seu melhor ataque (16 gols), porém continuou com a baixa eficiência ofensiva (são apenas 7 gols em 8 jogos). É um ponto a se melhorar.
Na próxima quarta-feira, o Palmeiras recebe o Ituano em sua Arena, querendo acabar com a sequência de 2 jogos sem vencer e sem marcar gols. Já o Santos, que empatou sua primeira partida no Paulista, volta ao Pacaembu para receber o Oeste, no próximo sábado, em jogo válido pela 9ª rodada.
Giovanni Luque é colaborador do Acontece Botucatu
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