O beisebol retorna aos Jogos Olímpicos em 2020 depois de duas edições fora da competição. Se no Japão a modalidade será uma novidade, em Botucatu ela já é uma tradição praticada há anos pelos alunos da Faculdade de Medicina (FMB) e o “reforço” de colegas de outros cursos.
Embora seja um esporte muito mais conhecido e praticado pela comunidade japonesa, as universidades têm sido um importante canal de divulgação da modalidade para todas as pessoas. O Núcleo de Movimento Inclusão e Saúde (Numis) da Unesp esteve em Botucatu para conhecer melhor a tradição do beisebol no câmpus.
Além de tradicional, a equipe de beisebol da FMB é vitoriosa: nos últimos cinco anos, a equipe conquistou dois vice-campeonatos, em 2015 (Pré-Intermed e Intermed), e em 2017 (bronze na Intermed). Atualmente o time conta com 17 atletas de diferentes idades e de diversos anos da Faculdade de Medicina, além de dois “reforços” da Medicina Veterinária e do curso de Agronomia.
A capitã Vanessa Suzuki é a única atleta de fato da equipe. Vanessa treina desde os 11 anos e se destaca por seu conhecimento prévio da modalidade. A capitã explica que a experiência prévia é algo raro entre os atletas universitários, uma vez que a maioria dos alunos que procura a modalidade nunca praticou o esporte antes de cursar a faculdade.
Para Vanessa, a prática do beisebol ajuda muito os alunos a aliviarem o estresse e a tensão desenvolvida ao longo da graduação devido às exigências do curso de Medicina. A modalidade também atua como um espaço muito importante de formação de uma rede de apoio entre os jovens. Ela define o time como uma família.
Para o atleta Felipe Ferrari, o beisebol vai além do esporte: ele é um apoio entre todos “quando um não está bem, os outros ajudam e cuidam”. O técnico Ricardo Hiroyuki Kacuta, educador físico formado pela Unicamp que está a frente da equipe desde 2016, complementa que o esporte universitário é uma importante ferramenta para desenvolver conhecimentos e habilidades extracurriculares, como disciplina, responsabilidade, ética, empatia, companheirismo, resiliência, entre outras qualidade importantes também na trajetória profissional.
O treinador afirma ainda que o esporte é um importante aliado para a manutenção da saúde mental e física durante a graduação.
No ano passado, Botucatu foi sede dos jogos de beisebol da MedInterior, campeonato entre Faculdades de Medicina do Interior de São Paulo. A equipe pretende promover mais atividades como essa para que outros alunos e alunas possam se interessar e começar a praticar.
O time de beisebol da FMB Botucatu treina todas as 2ª,4ª e 6ª das 12h às 14h no campo de futebol do câmpus de Rubião Júnior e em alguns finais de semana no campo da Colônia Japonesa de Botucatu.
Interessados em obter mais informações sobre as modalidades e os treinos podem procurar a capitã Vanessa nos dias de treinamento.
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