O atleta paradesportivo de Botucatu, Fábio Nunes Teixeira, conquistou a medalha de prata na Paraolimpíada Estudantil em São Paulo. Fábio, aluno do Centro de Práticas Inclusivas (Cieeja) representou a equipe paulista na competição que reuniu mais de três mil pessoas do Brasil inteiro, em São Paulo, entre os dias 15 a 20 deste mês.
O atleta, que tem 20 anos de idade, apresenta um quadro de encefalopatia crônica não progressiva, que compromete toda sua área de desenvolvimento motor, visual e linguagem.
Segundo Patrícia Kruppa Villani Ghellardi, coordenadora das atividades do Cieeja, quando Fábio chegou ao Centro, o desafio de toda a equipe foi pensar em uma atividade profissionalizante que ele pudesse fazer por toda sua vida, mesmo com o quadro motor grave que apresentava, e que proporcionasse sucesso e reconhecimento social.
A aposta no Esporte foi a saída encontrada. Pois a modalidade de bocha adaptada, além da reabilitação motora, permite que a limitação seja transformada em potencial, comenta Patrícia.
Os trabalhos com o atleta foram realizados sob a responsabilidade do professor de educação física Fábio Martison, que desenvolveu uma metodologia de treinamento específica em função das dificuldades de linguagem e visuais do aluno. Além disso, o treinamento propiciou uma interação fantástica entre o atleta e seu auxiliar conhecido na modalidade bocha adaptada como Calheiro, o estagiário Cebolinha, criando uma relação de cumplicidade e leitura corporal entre eles que foi notada por todos no evento, relata.
Para o atleta, além da satisfação em ser um representante da equipe estadual paulista no evento, a competição foi a oportunidade de superar um desafio pessoal e talvez o mais importante de sua vida: ter viajado pela primeira vez sozinho, enfrentando todas as barreiras impostas pela conquista de sua autonomia. Esta conquista foi uma aventura com muita diversão, definiu o medalhista.
Mirian Camargo, chefe da Educação Especial no município, explica que a Secretaria de Educação pensou em todos os detalhes para que a conquista desta autonomia se efetivasse. Queremos mostrar para a sociedade que as pessoas com deficiência só precisam de oportunidade, pois os limites são vencidos por eles diariamente, salienta.
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