Não foi a primeira e nem será a última vez que grandes seleções e jogadores ficarão de fora de uma Copa do Mundo. Mesmo com trinta e duas nações representadas no certame, algumas das mais clássicas não conseguiram se classificar, bem como craques inquestionáveis. Todas as principais informações sobre campeonatos e copas nos levam a crer que tais ausências se dão na medida em que o futebol vai se tornando cada vez mais nivelado ao redor do mundo.
Entre as seleções, a ausência mais sentida é a da Itália. A tetracampeã mundial (1934, 1938, 1982 e 2006) fica de fora pela segunda vez consecutiva, assim o penta brasileiro (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) só é mesmo ameaçado pelos alemães, campeões em 1954, 1974, 1990 e 2014. Os atuais campeões da Eurocopa não conseguiram se entender nas eliminatórias e acabaram barrados no baile na repescagem, derrotados pela Macedônia do Norte por um a zero.
A vice-campeã em 1958, Suécia, também ficou de fora da Copa do Qatar, derrotada pela Polônia por dois a zero na repescagem. A Suécia é uma daquelas equipes que surpreende tanto quando se classifica, como também quando não consegue chegar. O futebol quase sempre burocrático que a equipe apresenta, parece vítima dos altos e baixos de alguns de seus craques. Não menos burocrática, mas sem muita tradição nas copas, a Noruega também não conseguiu classificação. Outra ausência a ser destacada é a da seleção austríaca.
Para os lados das Américas, é sintomático que o nivelamento tenha sido o grande responsável pela ausência da Colômbia, Chile e Paraguai. Não há muito o que se discutir, para os países eliminados resta mesmo só lamentar e esperar pela próxima. Aliás, é bom que se destaque a qualidade técnica destas seleções, e um alerta aos medalhões do continente, Brasil, Argentina e Uruguai, convém não vacilarem na próxima eliminatória.
Entre os craques ausentes no Qatar, a perda maior é do jogador egípcio, Mohamed Salah. O Egito foi eliminado pelo Senegal nas Eliminatórias Africanas, fazendo com que Salah, um dos melhores jogadores do planeta, ficasse de fora. O jogador do Liverpool completou trinta anos de idade, e dada a competitividade entre as seleções africanas, é provável que ele não tenha uma nova oportunidade de disputar uma copa.
A copa árabe também não verá em seus gramados o meia argelino, Mahrez (Manchester City), o volante Keita, de Guiné-Bissau e Liverpool, além dos atacantes nigerianos, Iheanacho (Leicester City) e Osimhen (Napoli).
De volta à Europa, outras ausências também são lamentadas, a começar pelo sueco Zlatan Ibrahimovic. Ibra jogou, ainda muito jovem, as copas de 2002 e 2006, mas agora, aos quarenta anos, parece dizer adeus para uma próxima copa do mundo. O futebol se entristece. Ao contrário, o jovem atacante norueguês, Erling Haaland, de vinte e um anos, terá ainda outras oportunidades de disputar um mundial. O gigante de 1,91m só tende a se qualificar, ainda mais agora seguindo para o Manchester City.
Da Itália, quem assistirá a copa das arquibancadas ou pela televisão, é o jovem goleiro Donnarumma. Com apenas vinte e três anos, o goleiro do PSG, o sucessor do fabuloso Buffon, terá que esperar por 2026. O esloveno Joan Oblak de vinte e nove anos, e tido como um dos melhores goleiros da atualidade, também é ausência bastante sentida. A Eslovênia não tem muita tradição no futebol, de modo a corrermos o risco de não o vermos em outras copas.
Aubameyang, atacante do Barcelona e da seleção do Gabão, já tem trinta e dois anos e suas chances de jogar um mundial não são muito boas. Chegou bem perto do Qatar ao ajudar sua seleção que terminou em segundo lugar na sua chave de eliminatória.
O colombiano Luiz Diaz, viu sua equipe terminar em sexto lugar na eliminatória sul-americana, deste modo, o atacante do Liverpool, seguidamente elogiado pelo treinador Jurgen Kloop, terá que aguardar 2026. Outro grande jogador sul-americano, o venezuelano Soteldo, talvez nunca tenha disputado uma copa do mundo.
Por fim, cabe destacar a ausência do escocês, Robertson, lateral-esquerdo do Liverpool e capitão de sua seleção. Na repescagem, a Escócia acabou derrotada por três a um pela seleção da Ucrânia, em plena Glasgow, e apesar da guerra travada entre ucranianos e russos.
Pois bem, esse é o panorama dos ausentes da Copa do Qatar. Como já dito, são muitas as nações e são muitos os craques, de modo a ficarmos sem o talento de um ou outro na competição mais importante do planeta. Há planos por parte da FIFA de que mais países sejam representados na competição. O futuro dirá.
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