As universidades brasileiras caíram na avaliação de um dos principais rankings universitários e pela primeira vez, desde 2013, o País deixou de aparecer nas 10 primeiras posições de instituições mais prestigiadas dos países emergentes. O ranking é feito pela revista britânica Times Higher Education (THE), uma das principais referências em reputação acadêmica.
A Universidade de São Paulo (USP) era a única instituição brasileira que aparecia entre as dez primeiras, mas caiu da 9ª posição para a 13ª. A primeira edição do ranking de países emergentes da THE foi divulgada em 2013. Naquele ano, a USP ficou no 11º lugar. Procurada pela reportagem, a USP não se posicionou até as 19h desta quarta-feira, 30.
Outras 11 instituições do Brasil também perderam posição no ranking. “O número de estudantes universitário no Brasil cresceu 60% entre 2005 e 2012, mas a realização não tem sido acompanhada no mesmo tamanho em financiamento. Há muito trabalho para ser feito para melhorar a qualidade e a relevância da educação”, disse Phil Baty, editor da publicação.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), segunda melhor instituição brasileira, de acordo com a revista, caiu da 24ª para a 28ª posição. As universidades estaduais paulistas vivem uma grave crise financeira. A principal fonte de receita das três universitárias é a cota fixa de 9,57% da receita do Estado de São Paulo com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo com a maior queda de arrecadação neste ano em função da crise econômica. Apenas o gasto com os salários de professores e técnicos já supera toda a receita vinda do Estado.
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) também caiu neste ano da 122ª para a 169ª posição. No entanto, a instituição afirmou que a crise financeira não afetou “decisivamente” o posicionamento no ranking por ser muito recente. “Mas, nos próximos anos, se ela perdurar, é bem possível que repercuta nos indicadores acadêmicos”, disse em nota a universidade.
Com informações JCNET
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