Semana de Integração Acadêmica da FMVZ/Unesp reúne 150 alunos

Educação
Semana de Integração Acadêmica da FMVZ/Unesp reúne 150 alunos 03 junho 2017

 

A décima primeira edição da Semana de Integração Acadêmica (Sinta) do curso de graduação em Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp, câmpus de Botucatu, aconteceu de 15 a 19 de maio. Já tradicional na FMVZ, o evento promove uma experimentação de modelos pedagógicos alternativos, buscando opções para melhorar a prática de ensino/aprendizagem e incentivar a interação entre a comunidade acadêmica.

Os cerca de 150 alunos participantes foram distribuídos em treze grupos de trabalho que, acompanhados por professores e pós-graduandos que atuaram como tutores e facilitadores, desenvolveram atividades utilizando a metodologia ativa de ensino/aprendizagem conhecida como “caso motivador”.

A avaliação dos coordenadores foi positiva. “Correu tudo muito bem. As atividades esportivas e os fóruns de discussões transcorreram de forma tranquila. Notamos nas apresentações o prazer em aprender usando essa metodologia alternativa, com a possibilidade de sair da sala de aula e fazer atividades práticas. A resposta dos alunos foi bem positiva. E a integração proporcionou um ambiente muito rico”, destacou a professora Claudia Valéria Seullner Brandão.

Segundo o professor Marcio Garcia Ribeiro, trabalhar com um caso motivador agradou a maioria dos alunos. “Percebemos pelas apresentações que eles se envolveram bastante. O trabalho em conjunto de docentes, graduandos e pós-graduandos é bastante interessante e, por si só, motivador”.

Luciane dos Reis Mesquita, pós-doutoranda em Cirurgia Veterinária pela FMVZ, participou pela quarta vez da Sinta, sempre atuando como tutora. “Desde a primeira vez achei a Sinta muito válida pela integração que proporciona. Esse ano, no entanto, superou as expectativas. Foi uma grande troca de ideias e informações. Os alunos precisaram resolver problemas que eles poderão enfrentar no mercado de trabalho. É um aprendizado para a vida”.

Os estudantes confirmaram as observações dos tutores. Fabiane Andrade Correia Neiva, aluna do 3º ano de Medicina Veterinária, participou da Sinta pela segunda vez. Ela aprovou a experiência. “Trabalhei num caso em que dois grupos de trabalho se fundiram, então tivemos a oportunidade de conhecer muita gente e muitas áreas do Hospital Veterinário que devido à rotina de aulas da Faculdade eu ainda não conhecia. Os tutores e os professores foram muito importantes nesse processo, eles nos motivaram a buscar as informações a respeito do caso que abordamos. Foi muito válido”.

Aluno do 5º ano de Medicina Veterinária, João Francisco dos Anjos Alvarenga Amante também já participou de outras edições da Sinta. Mas gostou especialmente da edição 2017. “Esse ano para mim foi o melhor. Foi muito bom o jeito que o professor tutor conduziu os trabalhos. Foi possível entrar em contato com pessoas de outros anos que, agora que estou terminando o curso, eu não teria oportunidade de conhecer. Houve muita integração e reflexão sobre temas importantes”.

João destacou especialmente as oficinas oferecidas para os alunos que sairão em estágio curricular obrigatório em 2018. Uma novidade desta edição da Sinta, as oficinas trataram de temas relacionados à atividade profissional do egresso do curso de Medicina Veterinária. “As palestras me fizeram pensar em alguns aspectos do estágio obrigatório para os quais eu não havia atentado. É uma boa iniciativa que espero que continue”.

As oficinas também foram muito bem avaliadas pelos professores coordenadores do evento. “As palestras enriqueceram muito o evento. Foram excelentes, com ensinamentos importantes para nossos alunos, desde a postura de quem vai estagiar até a dinâmica dos concursos e processos de seleção. Os que participaram ganharam muito em todos os aspectos”, afirmou a professora Claudia Valéria Seullner Brandão. “A participação e a disponibilidade dos palestrantes foi fundamental. Nada mais enriquecedor do que ter pessoas que saíram daqui como ex-alunos, conhecem nossa instituição e agora voltam para trazer suas experiências e dicas, vestindo a camisa da FMVZ e contribuindo com a formação dos nossos estudantes de uma maneira muito palpável”, completou o professor Marcos Jun Watanabe.

A professora Denise de Cássia Moreira Zornoff, coordenadora do Núcleo de Educação à Distância e Tecnologia de Informação e Saúde (Nead/TIS) da Faculdade de Medicina da Unesp, importante colaboradora da Sinta, também é uma entusiasta da abordagem pedagógica proporcionada pela Semana. “Há tempos que as coordenações acadêmicas sabem da necessidade de colocar o aluno num papel mais ativo, embora saibamos que a tradição das escolas, inclusive a universidade, se baseia nas atividades centradas no professor. Já se percebeu que isso é problemático porque o aluno fica cada vez menos interessado”.

Para a docente, é preciso rever as posturas de estudantes e professores. “O momento de formação é muito curto e nele o aluno precisa aprender que ele é o responsável pela sua trajetória. O professor, com sua experiência, tem o papel de amparar, conduzir, orientar, estimular no aluno o desejo de aprender. Se ele não tiver esse interesse nada vai acontecer. Muito mais do que um bom organizador de conteúdo, o professor tem que passar ao aluno a necessidade de ser protagonista”.

Ela destacou a eficiência dos casos motivadores para esses objetivos. “Esse modelo apresenta cenários e desafios e faz os alunos reagirem. Mais do que conhecer a parte técnica, vem a experiência, o sentimento. Nenhuma tecnologia substitui o ser humano, que precisa pensar, entender que do outro lado há um ser vivo. Cada caso, situação ou paciente é único. Nesses encontros, os alunos despertam para o fato de que os problemas vão muito além dos livros e acho que isso faz toda a diferença. Temos sempre que crescer, aprender e buscar coisas novas”.

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