Os professores César Martins, do Departamento de Morfologia, e Luiz Fernando Rolim de Almeida, do Departamento de Botânica, foram eleitos, respectivamente, como diretor e vice-diretor do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, câmpus de Botucatu, para a gestão de 2017 a 2021. Os candidatos obtiveram 80,45% dos votos.
A escolha da nova Diretoria ocorreu entre os dias 7 e 9 de novembro e a posse dos eleitos deverá ser no próximo mês de fevereiro.
Martins é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina, mestre e doutor em Genética e Evolução pelo Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal de São Carlos.
Ingressou como professor no IB em 2001. Ocupou os cargos de chefe e vice-chefe do Departamento de Morfologia e de diretor executivo e diretor presidente da Fundação do Instituto de Biociências (Fundibio).
Almeida possui graduação em Ciências Biológicas – modalidades licenciatura e bacharelado pelo IB e doutorado pela mesma instituição. Ocupa o cargo de docente na Unesp desde 2010.
Atualmente é coordenador do Curso de Ciências Biológicas e representante dos coordenadores de curso de graduação da grande área de Ciências Biológicas junto à Câmara Central de Graduação, na qual é vice-presidente indicado e também atua como membro da Comissão de Contratação Docente da Unesp.
Confira entrevista concedida pelo professor César Martins
– Gostaria que inicialmente comentasse o resultado da eleição.
César: O processo eleitoral transcorreu em plena harmonia e permitiu muito diálogo com a comunidade. Foram 38 reuniões com departamentos, seções, unidades auxiliares e grupos acadêmicos variados, que nos possibilitou como candidatos conhecer ainda mais o IB e os anseios da comunidade. O resultado das eleições mostra apoio da grande maioria de servidores docentes, técnico-administrativos e estudantes do IB. Agora é momento de estreitar ainda mais o diálogo, traçar metas e pensar o futuro do IB.
– No programa de gestão, foi ressaltada a necessidade de trabalhar de maneira mais intensa a interação do IB com a sociedade. Quais as principais ações que essa gestão pretende desenvolver para atingir esse objetivo?
César: Além da clássica formação de recursos humanos na graduação e pós-graduação, o IB tem grande potencial em levar inovações e conhecimento mais imediato à população. Nessa linha, temos como metas melhorar estruturas já existentes como o Jardim Botânico e Museu de Anatomia, assim como criação de novos espaços como o já em discussão Museu de Ciências, visando parcerias que fomentem as redes de ensino municipais e estadual da região. Além disso, temos como meta trabalhar para que as inovações científicas e tecnológicas produzidas nos laboratórios do IB possam ser exploradas com viés à geração de produtos e serviços biotecnológicos, com grande aplicabilidade na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Nessas perspectivas, vislumbramos aprimorar as relações institucionais com o Parque Tecnológico de Botucatu e com a futura gestão municipal.
– Outro aspecto que os senhores destacam é o estímulo ao diálogo interno. Como pretendem incentivar e aplicar esse processo?
César: Sentimos que a comunidade interna carece de iniciativas efetivas que promovam maior diálogo entre a direção do Instituto e os diferentes segmentos da comunidade acadêmica. Neste sentido, além de reuniões periódicas com diretorias, departamentos, seções, unidades auxiliares, conselhos de curso e representantes de órgãos colegiados, implantaremos um canal direto de comunicação da comunidade interna e externa para com a diretoria do IB.
– Quais as principais mudanças administrativas que deverão ser adotadas no início da gestão?
César: O início da gestão deverá contar com a estrutura administrativa existente. Pautamos nosso trabalho pela qualidade do serviço público oferecido e pela agilidade no atendimento da comunidade. Ao longo dos primeiros meses, a estrutura administrativa atual será avaliada dentro destes parâmetros e readequações poderão ser realizadas após discussões conjuntas entre segmentos envolvidos.
– Como pretendem enfrentar esse momento considerado de crise e que tem afetado a universidade?
César: Nosso principal desafio neste período de crise será elencar prioridades, que, atreladas a uma gestão eficiente dos recursos financeiros, permitam preservar a qualidade do conhecimento produzido e excelência na formação de recursos humanos. Além disso, a otimização e a readequação da estrutura física e de recursos humanos já existentes representam ações com impacto positivo na gestão, levando a maior eficiência do trabalho coletivo. Adicionalmente, iniciativas de parcerias público-privadas mostram-se promissoras e serão colocadas em prática, visando sempre trazer melhorias para o IB.
Crises representam momentos de reflexão que fornecem perspectivas de mudanças efetivas e necessárias na estrutura universitária. A crise atual não afeta apenas o IB, mas está afligindo o ensino superior como um todo. Dessa forma, pretendemos fomentar discussões internas e no âmbito da reitoria que resultem em rotas alternativas de maior eficiência na gestão acadêmica, administrativa e científica.
– Qual mensagem gostaria de deixar à comunidade?
César: O IB completa 40 anos em 2017. Nossa história, embora ainda recente, já nos coloca como uma das unidades mais produtivas da Unesp. Temos o grande desafio de projetar o que queremos ser e oferecer para as gerações futuras. Ressaltamos a importância da participação de todos neste processo riquíssimo de olhar o IB e debruçar sobre nossos desejos para o futuro. É momento oportuno de reorientar e consolidar rotas que sempre nos levaram ao reconhecimento institucional e avanços na qualidade do ensino, pesquisa e extensão. Aceitamos o desafio e convidamos a todos para o trabalho coletivo de aprimoramento das nossas ações institucionais.
Assessoria de Imprensa do Instituto de Biociências
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