Unesp de Botucatu recebeu alunos e palestrantes de diversas regiões
Nesta semana, a Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, recebeu dois eventos importantes voltados para o segmentos florestal. Na terça-feira, dia 16, o MOVE Cuesta – Fórum Regional de Desenvolvimento Sustentável reuniu estudantes, docentes, representantes do setor público e do setor produtivo para um debate sobre uma visão de médio e longo prazo para o agronegócio florestal e a indústria de base florestal em Botucatu e região.
O professor Saulo Guerra, um dos coordenadores do evento, lembrou que o evento foi idealizado para promover uma discussão sobre mercado e experiências eu podem ajudar o setor. “Tivemos a participação de palestrantes experientes, que conhecem nossa região e trouxeram informações importantes, que podem motivar e trazer novas tecnologias de produção agroflorestal para nossa região. O objetivo final é a produção de floresta, com lucro, riqueza e geração de emprego para que possamos começar a alavancar o processo de saída da situação delicada em que o país se encontra”, aponta.
O vice-diretor da FCA e atual presidente do Conselho de Administração do Parque Tecnológico Botucatu, professor Carlos Frederico Wilcken, destacou a proposta da criação de um polo industrial moveleiro na região de Botucatu. “Quem conhece a nossa região sabe que temos uma vocação florestal forte, com a presença de grandes empresas do setor. Mas também temos um grupo de pequenos e médios produtores florestais que poderia se beneficiar com a criação de um polo moveleiro na região e chegada de investidores e que possa atender a criação de toda uma cadeia produtiva aqui, onde já existe uma base florestal instalada. É uma oportunidade para que nossa vocação florestal possa ser mais diversificada e que possa atender melhor os produtores e os investidores que planejam desenvolver suas atividades aqui”, diz.
Para o docente, a região possui condições de oferecer a base tecnológica necessária para a iniciativa. “O manejo florestal precisa ser adequado para a indústria moveleira. É um manejo que difere da produção de chapas, papel e celulose, por exemplo. Existe essa tecnologia disponível, a questão é orientar corretamente os produtores”.
O professor João Carlos Cury Saad, diretor da FCA, manifestou sua satisfação em sediar o evento. “A universidade tem como suas atividades fins o ensino, a pesquisa e a extensão. Sobrevivemos dos impostos pagos pela sociedade paulista e é nossa obrigação retribuir com o nosso esforço, realizando eventos voltados para o desenvolvimento alcançado de maneira sustentável. Estamos de portas abertas para iniciativas como esta”, afirmou.
Dia de Campo Florestal
Na quarta-feira, dia 17, cerca de 300 pessoas entre estudantes, pesquisadores, produtores e representantes de empresas participaram da 12ª edição do Dia de Campo Florestal. O evento contou com palestras no período da manhã e demonstrações práticas ao longo de toda a tarde.
O professor Saulo Guerra destacou a diversidade do evento. “Além de diversas informações sobre plantio e manejo de eucalipto, cedro, mogno, teca e pinus, os participantes puderam conferir dinâmicas de corte de árvore, plantio de espécies de alto valor agregado, aplicação de isca formicida, desdobramento de madeira, combate a incêndio e demonstrações de diversos equipamentos. Além disso, foi uma ótima oportunidade para interação entre representantes das empresas florestais, professores, estudantes, palestrantes e produtores”.
A professora Renata Cristina Barbosa Fonseca, diretora da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf), uma das entidades organizadoras do evento, juntamente com a Conflor Jr., também ressaltou a interação promovida pelo Dia de Campo. “Esse é um grande encontro na área florestal. É importante, nesse momento de crise, todos os segmentos envolvidos unirmos forças para fazer algo em nome do desenvolvimento e da qualidade de vida”, enfatizou.
Lembrando que a região de Botucatu, considerando desde Agudos até Itapetininga, é o principal maciço florestal do Estado de São Paulo, o professor Wilcken destacou a diversificação de espécies florestais na programação do evento. “É importante mostrar ao produtor opções de espécies com boa rentabilidade e tirar as dúvidas que surgirem. Temos, ao longo desses 12 anos, uma área de florestas consolidadas e a experiência que permitem essa vivência dos participantes”.
O vice-diretor da FCA lembrou que há carência com relação à assistência técnica voltada para o produtor florestal. “O evento não pode suprir essa carência num único dia, mas além de trazer informações, abre um fórum para compartilhamento de experiências entre os produtores”.
Eliana Alves, de Botucatu, esteve pela primeira vez no evento. Identificando-se como “produtora iniciante”, ela gostou do que viu. “Vim para pegar informações sobre manejo, plantio, inventário florestal. Foi muito bom. Ajudou bastante”. Ao seu lado, Antonio Turiani de Oliveira, também produtor em Botucatu, elogiava. “O evento mostra muitos caminhos que podemos procurar e pesquisar, além de ajudar a fazer contatos e conhecer a tecnologia. Foi excelente”, realatou a aluna.
A 12ª edição do Dia de Campo Florestal contou com a participação de um grande número de alunos da FCA, trabalhando na organização ou assistindo as palestras e as dinâmicas. Mas estudantes de outras instituições também vieram conferir o evento, notadamente um grupo grande da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Augusto, aluno do último ano do curso de Engenharia Florestal da UFPR, mostrava muito interesse nas dinâmicas. “Achei o evento bem interativo, gostei das palestras e especialmente da possibilidade de contato com as empresas”. Seu colega Guilherme, aluno do 4 º ano, também aprovou. “Gostei do evento. Teve temas bem diversos nas palestras e atividades práticas interessantes. Valeu a pena”.
O Dia de Campo Florestal foi uma realização da FCA/Unesp e Grupo Multifloresta, com promoção do Painel Florestal.
(Assessoria de Imprensa FCA)
Confira abaixo algumas das atividades do Dia de Campo Florestal: