O Cursinho Desafio da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) inicia o ano de 2018 em comemoração pelas aprovações obtidas nos vestibulares. A taxa de alunos aprovados é de 59%. Até o momento, foram registradas 109 aprovações de 77 estudantes que passaram pelas aulas do curso pré-vestibular, o que significa que muitos passaram em várias universidades. Alguns chegaram a passar em até quatro instituições de ensino superior.
De acordo com Giordano Bruno Oliveira, coordenador discente do Cursinho Desafio, 78 alunos ingressaram em universidades públicas, entre elas Unesp, USP e federais pelo Brasil, e outros 63 foram selecionados em universidades particulares.
“Considero que 2017 foi um ano de muito trabalho e dedicação por parte dos alunos, professores e coordenação. Conseguimos alguns avanços e conquistas importantes, como a aquisição de nossa sede e a contratação dos psicólogos para auxiliar e orientar os alunos durante sua jornada. Neste ano, o cursinho também intensificou seu caráter comunitário ao criar mecanismos de seleção que privilegiam o aspecto socioeconômico do candidato”, salienta Giordano. Os avanços são fruto do trabalho coletivo envolvendo Pró-reitoria de Extensão Universitária da Unesp, FMB e Prefeitura de Botucatu.
O projeto tem a finalidade de se aperfeiçoar em 2018 para aumentar a qualidade do serviço oferecido. “Investiremos mais nas aulas extras, que ocorrem no período das 18 horas às 19 horas, momento em que trabalhamos frentes importantes como sociologia, arte, e, principalmente, filosofia, que é extremamente prevalente nos vestibulares da Unesp”, lembrou o coordenador discente. “Realizaremos eventos inéditos no intuito de aumentar a bagagem cultural do aluno (importantíssima para redação) e também para continuar a mantê-los animados para que não desistam do curso e não abandonem seus sonhos e objetivos”, finaliza.
Aprovação na UFMG
Uma importante conquista ocorrida em 2017 foi a aprovação de um aluno que frequentou as aulas do cursinho durante um período. Felipe Vieira, de Bofete, no interior de São Paulo, passou no vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no curso de medicina.
“O diferencial do cursinho é que ali todos os professores são alunos da Unesp e participaram recentemente dos vestibulares, o que faz com que eles tenham uma noção real das dificuldades, dúvidas e problemas da vida de vestibulando. Cria-se um vínculo muito bom entre aluno/professor, algo que em outros cursinhos que frequentei não há”, comenta Felipe.
O jovem explica que teve uma rotina extenuante de estudo, mas que o esforço foi recompensado quando recebeu a notícia de que havia sido aprovado. “O mais difícil, sem dúvida, foi ter estudado minha vida inteira em escolas públicas, isso é algo que pesa bastante. É quase impossível concorrer com o pessoal de escolas particulares, mesmo com as cotas a gente praticamente não tem chance, existe um abismo entre esses dois tipos de ensino e é nessa hora que tive que me superar. Eu sabia que não desistiria e teria que ser melhor que esse pessoal. Passei muito tempo estudando – em média 12 horas por dia – para eu realmente ter chance e conquistar uma vaga”, lembra.
Felipe deixa uma mensagem aos jovens que se preparam para enfrentar essa mudança na vida. “Acho que o principal na vida de um vestibulando é dormir o necessário todos os dias, sempre ter pausas para não ficar exausto e, se possível, ter algum esporte para relaxar durante alguns dias na semana”, conclui.
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