30 de junho: Dia do Profissional em Biotecnologia

Educação
30 de junho: Dia do Profissional em Biotecnologia 29 junho 2017

No dia 30 de junho é comemorado o Dia do Profissional em Biotecnologia. A data chega com uma novidade para o curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (EBB) da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu. Desde maio de 2017, por meio de uma iniciativa dos próprios alunos, Botucatu passou ser um polo da Liga Nacional dos Acadêmicos em Biotecnologia (LiNA – Biotec), entidade que congrega 23 universidades em todas as regiões brasileiras.

Além de promover a interação entre todos os cursos de Biotecnologia do país, a Liga, criada em 2012, busca divulgar o profissional de Biotecnologia e esclarecer sobre as suas várias possibilidades de atuação. “Um dos objetivos é informar as empresas sobre a possibilidade de destinar vagas para profissionais de Biotecnologia, aumentando nossa inserção no mercado de trabalho”, comenta Caruane Alves Donini, aluna do 4º ano de EBB e vice-conselheira do Polo da LiNA em Botucatu. “Elas precisam saber que podem contar um profissional que tem conhecimento tanto na área de ciências exatas quanto na de biológicas”.

Os integrantes da LiNA entendem que a divulgação da atuação do profissional em Biotecnologia e do próprio curso de EBB da FCA também precisa acontecer junto à comunidade universitária unespiana e aos cidadãos botucatuenses. “Muitas pessoas não sabem que a Unesp de Botucatu tem esse curso e nem o que faz o profissional dessa área. E nossa área de atuação é muito ampla, pode afetar diretamente o cotidiano das pessoas e só tende a crescer”, afirma Janaína Macedo da Silva, aluna do 4º ano de EBB e conselheira do Polo em Botucatu. “Sempre nos perguntam o que faz um engenheiro de bioprocessos e biotecnologia. Isso acontece até dentro da universidade. Queremos que as pessoas da Unesp e também da cidade nos conheçam”, complementa Luis Henrique Cardoso, aluno do 4º ano de EBB.

Além da divulgação do curso e da profissão, o Polo da LiNA em Botucatu, que já conta com a participação de 32 alunos, deve produzir eventos que auxiliem a formação complementar dos graduandos em EBB. “A iniciativa de participar da LiNA mostra o perfil de liderança e o empenho em empreender dos nosso alunos”, avalia o professor Alexandre Dal Pai, coordenador do curso.  “Os estudantes têm a consciência que ainda falta no mercado um profissional que consiga transitar nesses dois grandes campos do saber: as ciências exatas e as biológicas. Acho importante que eles se unam em prol do desenvolvimento da profissão”.

Por meio da LiNA, os alunos de Botucatu também pretendem acompanhar a discussão em torno da regulamentação da profissão. “Nossa Liga quer regulamentar nossa profissão. E nós estamos aderindo a esse movimento que acontece na esfera política, divulgando e debatendo com os colegas”, diz Janaína.

Para o professor Dal Pai, a confusão ou o desconhecimento sobre o curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia e as funções do profissional formado por ele advém da relativa novidade do curso e da vastidão de possibilidades de atuação que ele oferece. “Um bioprocesso consiste na aplicação de um conjunto de técnicas, ferramentas ou tecnologias para transformar um sistema biológico em novos produtos ou processos que são passíveis de comercialização pelo mercado. O Engenheiro de Bioprocesso tem a função fazer a ponte entre a academia e o mercado. Nosso curso, especificamente, está calcado em três grandes pilares: saúde, ambiente e produção sustentável. Formaremos profissionais aptos a atuar nessas áreas”.

A primeira turma de EBB da FCA vai se formar em 2018. “Como todas as primeiras turmas, encontramos algumas dificuldades, mas acho que a FCA se esforçou bastante diante da crise do país para que tudo corresse bem. Agora temos nosso Departamento com os professores específicos para o curso e acho que a perspectiva é muito boa”, diz Janaína. Sua colega Giovanna da Silva Rocha, do terceiro ano, complementa: “O curso só foi melhorando nesses anos. Estou gostando de tudo”.

Com 5 anos de duração e 50 vagas ofertadas anualmente, o curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia é o único dentre os oferecidos pela Unesp em Botucatu que tem uma disciplina obrigatória voltada para o empreendedorismo. O professor Dal Pai acredita que as perspectivas profissionais para os futuros formandos são positivas. “Quando nosso curso foi criado, o Brasil tinha 24 instituições que ofertavam cursos similares. Todos os egressos desses cursos têm sido absorvidos pelo mercado. Portanto, temos uma perspectiva muito boa de assimilação dos nossos egressos, pela sua própria capacidade de atuar em diversos segmentos”.

 

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