No dia a dia de nosso trabalho no campo da segurança contra incêndios, falamos constantemente do risco de incêndio ou do perigo de incêndio, utilizando ambos os termos quase como se fossem equivalentes. Mas não é assim. Em termos gerais o Perigo, faz parte de nossa vida diária, é intrínseco ao processo industrial duma fábrica, à operação dum hotel ou um hospital, existe quando dormimos, nos deslocamos para o serviço ou praticamos algum esporte.
Por outro lado o Risco, é o resultado de não tomar as medidas necessárias para minimizar o perigo. No campo da segurança contra incêndio, o perigo de incêndio é o potencial de dano intrínseco à operação de qualquer instalação, enquanto o risco de incêndio é a probabilidade de que esse incêndio cause um dano.
Por sua parte a norma da NFPA define Perigo como uma condição que apresenta o potencial de causar prejuízo ou dano às pessoas, propriedades, meio ambiente, missão ou patrimônio cultural. Sua definição de risco é a conjunção de probabilidades e consequências que resultem num possível evento não desejado associado a uma instalação ou processo específico.
Por exemplo , uma residência possui os seguintes riscos de incêndio
Material empregado na construção da residência
Qualidade baixa de instalações elétricas ou fora de patrão
Desconhecimento dos riscos de incêndio ao cozinhar.
Uso indevido de matérias combustíveis como velas e álcool .
Comportamento de risco devido ao uso de drogas e álcool.
O material utilizado em construções costuma ser alvenaria, mas casas de madeira , tem sido cada vez mais utilizado, sem nos esqueceremos das residências tipo provisórias em populaçāo de baixa renda , que misturam os dois tipos de materiais .
A madeira , em situações de incêndios, funciona como combustível, aumentando o risco de desabamento da estrutura.
A baixa qualidade das instalações elétricas colabora para aumento de risco, elevando a temperatura resultando em princípios de curto circuito que com o tempo levam a incêndios.
O desconhecimento ao cozinhar , resulta em situações como : esquecimento de panelas no fogo, frigideiras com óleo, uso indevido de grills elétricos, micro-ondas.
O uso indevido de velas e álcool, como por exemplo, em situacões religiosas, brincadeiras infantis com fósforos, velas, isqueiros e uso de álcool para acender churrasqueira.
Segundo estudo da NFPA, as mortes em incêndios nos EUA reduziram principalmente devido:
Aumento do requerimento de detectores de fumaça
Diminuição materiais combustíveis nos interiores das edificações
Melhoria da capacidade de combate ao incêndio
Aumento do uso de sprinklers em prédios residenciais e comerciais.
No Brasil em média , segundo o Ministério da Saúde, temos aproximadamente 05 mortes por 1.000.000 de habitantes.
Em Botucatu, ha o atendimento de cerca de 50 incêndios residências por ano, então devemos sempre prevenir.
Obrigado !
Da Silva
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