Exposição é abrangente e abordado de forma concreta ou subjetiva, permitindo aos artistas usarem a criatividade sem os limites impostos por um tema
Entre os dias 15 de dezembro de 2015 a 15 de janeiro de 2016, o Museu do Café da Fazenda Lageado estará com a exposição “Projeto Interiores – Pequenos Formatos”, que tem curadoria de Paco de Assis e reúne trabalhos no formato 30x40cm de 42 artistas que trabalham as mais diversas técnicas e linguagens, desde naif, gravuras, arte digital, até obras com características acadêmicas.
Estarão expondo: Adilson Lopes, Ana de Andrade, Antônia Célia, C. Morari, Cristina Lisboa, Denise Müller, Eduardo Seixas, Elza Carvalho, Francine Trulio, Galina, Gonçalo Borges, Hazel de São Francisco, Iane Zanini, Inês Vitória, Jocy Pieratti Mussara, Kity Mendonça, Liza Ellwanger, Maria Paula Giacomini, Marinice Costa, Massako Koga, MF Martina Ficker, Nequitz, Rafael Murió, , Raphaele Palero Raquel Iverniz, Regina Franco, Regina Maria da Paixão, Regina Velloso, Ricardo Alves, Rimaro, Rita Holcberg, Rosa Oriente, Rosangela Vig, Silvana Borges,Silvia Carrano, Simon Abuhab, Socorro Mota, Tiarô, Vera Bekin, Vildete Pessutto, Vilson Pallaro e Zina Kossoy
O trabalho é um desafio dos artistas para que os trabalhos fossem realizados sob o tema Interiores, deliberadamente abrangente e que poderia ser abordado de forma concreta ou subjetiva, permitindo aos artistas usarem a criatividade sem os limites impostos por um tema. A curadoria é de Oscar D'Ambrosio é doutor em Educação, Artes e História da Cultura e mestre em Artes Visuais pela Unesp.
De acordo com D´Ambrosio o projeto Interiores propõe dois mergulhos distintos e complementares. Pode ser lido como uma jornada pelo interior de um dos estados do País ou como uma viagem pelas entranhas do Brasil. Também, segundo ele, é possível entendê-lo como uma caminhada, mais ou menos confortável, de acordo com a experiência de cada um, por nós mesmos.
“O fato é que as veredas Interiores são prazerosas e doloridas ao mesmo tempo. Incluem perscrutar o que fizemos, o que somos e o que podemos ser, seja numa esfera pessoal ou coletiva. Avançar naquilo que foi construído significa refletir sobre o que se atingiu e perscrutar para onde queremos e podemos chegar”, disse D´Ambrosio
Ele enfatiza que trata-se, no todo, da convivência entre aquilo que desejamos e o que conseguimos de fato. “Surge assim uma inquietação que pode ganhar uma expressão plástica diversificada. Essa capacidade de cada um pensar e criar é limitada pelas barreiras que cada um coloca e retira de acordo com seus interesses, condições e capacidades”.
E conclui: “A distância entre o que imaginamos ser e o que efetivamente conseguimos traz o significado mais denso de Interiores. O Brasil mais profundo ou a pessoa mais profunda que somos surge de uma construção plena de percalços, recuos e avanços. A cada dia, assim, não somos piores ou melhores, mas diferentes, mais nos Interiores de nós mesmos”.
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