O Sesi Botucatu inaugurou nesta quinta-feira (17) a exposição Nostalgia dos Tempos da Pureza, do fotógrafo lituano Antanas Sutkus (foto). Estão expostas 30 imagens em preto e branco que revelam o talento de Sutkus, considerado um dos principais fotógrafos da antiga União Soviética e um dos mais expressivos do século 20. A mostra estará aberta ? visitação gratuita até o dia 06 de junho de 2014.
Trabalho apresenta ao público paulista imagens dedicadas aos dois principais heróis da obra do fotógrafo, os idosos e as crianças. A coleção presta uma homenagem ? infância, esse reino da pureza do qual Antanas Sutkus é um embaixador excepcional, diz o curador da exposição, Luiz Gustavo Carvalho.
Exposição do faz parte do projeto inédito Espaço Galeria Sesi-SP, no qual os foyers dos teatros do Sesi-SP se transformam em plataformas expositivas, recebendo exposições itinerantes de diferentes linguagens e formatos. Ao todo, são realizadas cinco mostras diferentes, que circulam por unidades do Sesi-SP durante 11 meses, permanecendo 45 dias em cada cidade.
{n}Sobre o fotógrafo{/n}
O fotógrafo lituano Antanas Sutkus, 74 anos, cresceu em um contexto político conturbado. Em 1940, quando tinha apenas um ano, a União Soviética anexou o seu país ao bloco comunista, em plena Segunda Guerra Mundial. Entretanto, mesmo diante de condições tão adversas, o artista tornou-se um dos maiores fotógrafos de seu tempo.
Sutkus ignorou os ideais totalitários impostos pelo regime soviético e acumulou, em pouco mais de 40 anos, uma vasta obra que retrata o cotidiano do povo lituano. Somente a partir de 1991, com a independência da Lituânia, o artista passou a trabalhar com tranquilidade em seus quase um milhão de negativos guardados. Sua obra, agora, começa a ser revelada de forma completa para o mundo. Atualmente, possui fotografias expostas em prestigiados museus da Inglaterra, da França e dos Estados Unidos.
Durante toda a sua carreira, Sutkus prestou homenagem aos seus conterrâneos com a série Pessoas da Lituânia, na qual o cotidiano dos lituanos é o sujeito principal: cada indivíduo é fotografado com um senso de humanidade e sem efeitos dramáticos. Ao contrário, o seu olhar traz amor e esperança. Como diz o próprio artista: O meu credo é amar as pessoas.
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