Selante de fibrina extraído da cascavel é debatido

Cultura
Selante de fibrina extraído da  cascavel é debatido 15 setembro 2015

Foi realizado o I Seminário Satélite do Selante de Fibrina Derivado de Veneno de Serpente. O evento, sediado no Anfiteatro do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap), teve a finalidade de promover debates científicos sobre o selante de fibrina, além de propor uma reflexão acerca de um projeto de ciência mais amplo envolvendo o bioproduto. O Seminário fez parte da programação do 1º Encontro Nacional entre os Programas de Pós-Graduação em Doenças Tropicais, iniciativa desenvolvida entre os dias 1º e 4 de setembro na Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). 

O I Seminário Satélite do Selante de Fibrina Derivado de Veneno de Serpente recebeu autoridades médicas, docentes, alunos, servidores técnico-administrativos, além do Pró-Reitor de Administração da Unesp, professor Carlos Antônio Gamero, a Pró-Reitora de pesquisa da Unesp, professora Maria José Soares Mendes Giannini e o deputado estadual Fernando Cury (PPS). “Quero apresentar para vocês como foi a história de desenvolvimento deste projeto nos últimos 26 anos”, disse em seu discurso de abertura o professor Benedito Barraviera, coordenador do projeto do selante de fibrina.

Para o especialista, o caminho trilhado pelos profissionais envolvidos no processo de criação do bioproduto foi bastante dificultoso. “Esse projeto vai ter continuidade, pois ele não é de produto humano. Esse é o diferencial”, explicou. O docente ainda frisou que alguns problemas, como a necessidade de ter serpentes à disposição em quantidade suficiente para a extração do veneno, foram vencidos graças a união de toda equipe. 

 

Selante de Fibrina

O Selante de Fibrina é um bioproduto 100% nacional, feito a partir da mistura de uma enzima extraída do veneno de serpentes com fibrinogênio de sangue de grandes animais (bubalinos, equinos, bovinos ou ovinos), cuja ação se baseia no princípio natural da coagulação.  O Selante foi criado a partir da necessidade de substituir o sangue humano utilizado nos selantes comerciais por derivados sintéticos ou de animais, evitando, assim, a transmissão de doenças infecciosas veiculadas pelo sangue humano.

Responsável pelo Laboratório de Produção do Selante de Fibrina, o coordenador-executivo do Cevap, Rui Seabra Ferreira Jr, acredita que, após o registro do produto junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a validação de todos os métodos de produção, o legado deste projeto à Universidade será enorme em avanços biotecnológicos.

"O importante é que conseguimos transpor o GAP (abismo) existente entre a pesquisa fundamental e a aplicada, com a possibilidade de retornar à população parte dos recursos investidos na universidade pública, na forma de um produto que ajudará a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Isto deve-se ao fato de o produto ter sido aprovado pela Anvisa e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para a realização de ensaios clínicos, que já estão em andamento na Unidade de Pesquisa Clínica da Unesp (Upeclin), sob a responsabilidade da professora Luciana Abbade", destaca Rui. Para saber mais sobre o Selante de Fibrina da Unesp, acesse: https://youtu.be/y6ho6M0amA8

Compartilhe esta notícia
Oferecimento
sorria para economia 2
Oferecimento