O patrono é o cantor e compositor Angelino de Oliveira, autor de músicas como a “Canção de Botucatu”, considerada o hino da cidade e “Tristeza do Zeca”, o hino dos sertanejos
Na próxima sexta-feira, dia 20, a partir das 20 horas, o salão da Rádio Emissora de Botucatu – PRF-8, será o palco para que o cancioneiro popular Ramiro Vieira de Andrade, o Ramiro Viola, assuma uma das cadeiras da Academia Botucatuense de Letras (ABL). O patrono é o cantor e compositor Angelino de Oliveira, autor de músicas como a “Canção de Botucatu”, considerada o hino da cidade e “Tristeza do Zeca”, o hino dos sertanejos.
“Escrever a tese sobre Angelino de Oliveira é motivo de muita satisfação e me aprofundei no assunto e resgatei coisas muito importantes da vida dele. Ele tem uma história muito interessante e fascinante. Estou orgulhoso de agora fazer parte da Academia. É um matuto assumindo uma cadeira nessa importante instituição”, colocou Ramiro, que, atualmente, faz dupla sertaneja com Pardini.
Ramiro começou sua vida musical ainda menino ouvindo Tião Carreiro e Pardinho, Zé Carreiro e Carreirinho, Tonico e Tinoco, Pedro Bento e Zé da Estrada, Cascatinha e Inhana, Zilo e Zalo, Liu e Léu, e Zico e Zeca. Formou sua primeira dupla com o primo Pedrinho, que durou cinco anos. Em dupla com Tavares, em 1973, cantou pela primeira na Rádio Emissora de Botucatu, ao vivo, no auditório Angelino de Oliveira. Na mesma época, apresentou-se em vários circos que passavam pelo município de Botucatu (SP) e região, além de festivais, por vários anos.
Em 1998, na dupla com Alfredinho, lançou o CD “Deus da viola”. No ano seguinte, formou dupla com Pardini e apresenta-se em todo o Brasil em programas de rádio e televisão. Em 2007, como diretor e produtor, criou o programa “Aroma Sertanejo”, transmitido pela Rádio Emissora de Botucatu e pela TV Serrana.
Angelino de Oliveira
Angelino de Oliveira que nasceu em Itaporanga em 21 de abril de 1888, foi um compositor e instrumentista brasileiro, radicado em Botucatu. Em sua obra destacam-se canções, tangos, valsas, sambas-canções, e até fox-trot. O que mais se aproxima da música sertaneja são suas toadas, regravadas extensamente por artistas da MPB e da música sertaneja.
Foi em Botucatu que Angelino desenvolveu a maior parte da sua atividade musical, sendo o músico local mais cultivado da cidade, embora outros tenham alcançado maior fama como Raul Torres e Antenor Serra, o Serrinha. Em sua homenagem foi instituído, em 1967, o "Dia do Sertanejo", comemorado no último domingo de junho.
Em 1982 foi instituída a semana "Angelino de Oliveira" que anualmente celebra-se na semana que inclui o dia 17 de junho. Existe na cidade a "Escola Estadual de Primeiro Grau Angelino de Oliveira", bem como uma rua com seu nome na Vila Nova Botucatu. Foi-lhe concedido post-mortem o título de Cidadão Botucatuense. Faleceu aos 74 anos em 24 de abril de 1964.
Compartilhe esta notícia