O professor Fausto Foresti, do Departamento de Morfologia do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, câmpus de Botucatu, foi homenageado na abertura do 61° Congresso Brasileiro de Genética, evento realizado no período de 8 a 11 de setembro, em Águas de Lindóia. O professor Claudio de Oliveira, também do Departamento de Morfologia do IB, foi o responsável pela apresentação da trajetória de Foresti.
O homenageado, no início de seu discurso, falou de sua satisfação em trabalhar na área de genética de peixes e agradeceu à diretoria da Sociedade Brasileira de Genética pela indicação de seu nome, aos familiares, amigos, colegas de trabalho, alunos, servidores técnico-administrativos e à Unesp.
“Nas palavras de uma pessoa muito sábia e a quem devo muito – minha mãe – ‘a vida é feita de momentos’ e, sem dúvida, um desses momentos significativos, que vai deixar marcas, é este que estou vivendo agora”, disse o professor do IB. Durante o discurso, ele recordou momentos de sua infância em Rio Claro, município onde nasceu, como seu ingresso na escola, a primeira professora, brincadeiras, curso ginasial, início do trabalho ainda jovem na marcenaria da família, e época de estudante em colégio agrícola de Pirassununga.
Em seguida, destacou fases de sua trajetória acadêmica e profissional. Entre as realizações mencionou, por exemplo, a sua formação em História Natural; estágio científico que resultou em primeiro trabalho de sua autoria e que foi apresentado em Congresso da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência; bolsa de iniciação científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo;
atuação no programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz; ingresso na Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, que foi encampada pela Unesp.
Foresti também inclui nas etapas de sua carreira o “encontro” com a citogenética de peixes, participação no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal de São Carlos; trabalho com colaboração de outros colegas para implantação e consolidação do Laboratório de Biologia e Genética de Peixes do IB; estágio de pós-doutorado na Universidade do Texas; contatos que mantém com pesquisadores do exterior; aprovação em concursos de Livre-Docência e professor Titular; além de ingresso na Academia Brasileira de Ciências, em 2012 e atuação na Sociedade Brasileira de Genética em diferentes funções. A possibilidade de desenvolver estudos em conjunto com o filho dele, Fábio Foresti, foi outro aspecto salientado.
“Revendo esses e outros momentos também significativos e olhando para trás no tempo, vejo que era isso mesmo que eu queria fazer na vida. Trabalhar como professor, pesquisador e, enfim, fazer pesquisa em Genética de Peixes. Quando se tem a sorte de poder trabalhar com o que se gosta, o tempo parece passar depressa demais”, comentou. “Pensando em todos esses anos de trabalho acadêmico gratificante, arrisco afirmar que a aposentadoria não modificou em nada minha vontade e disposição para o trabalho. Gosto muito do que faço e faço por prazer”, acrescentou o homenageado.