Uma festa com a presença de amigos e convidados em torno do acarajé do restaurante Soteropolitano, na Vila Madalena, em São Paulo, marcou a noite de autógrafos em que o escritor Francisco Moura Campos lançou Acalanto, seu 11º livro de poesias.
O livro de Chico Moura, como é conhecido nas rodas literárias, reúne poesias que fez para a filha Mariana e também dos tempos em que viveu em Botucatu, onde nasceu. Engenheiro aposentado pela Sabesp, Chico é discípulo de Carlos Drummond de Andrade, culpado direto por seu envolvimento com a poesia.
Ele conta que pesquisava na biblioteca da faculdade de engenharia da USP, em São Carlos, quando foi surpreendido por um livro que despencou e atingiu sua cabeça. Era um livro de Drummond, com quem Chico Moura acabou fazendo amizade e trocou correspondências por vários anos.
Um trecho do prefácio de Acalanto já é suficiente para justificar a inspiração do poeta. Tudo acontece em abril, sumário do existido. Em abril nasceu Mariana, vinha carta de Drummond. A relação com o poeta mineiro foi eternizada por Chico Moura no seu livro Antologia Poética, de 1998, em que reproduz, na contracapa, uma das cartas com a escrita fina e miúda de Drummond.
No Sotero, literatos, jornalistas, empresários e amigos foram abraçar Chico Moura. Entre eles, Joaquim Maria Botelho, presidente da União Brasileira de Escritores (UBE), seu antecessor, Levi Bucalem Ferrari, as escritoras Eunice Arruda e Raquel Naveira e as cantoras Suzi Mathias e Carmem Queiróz.
Entre um e outro autógrafo, Chico Moura, que também é diretor da UBE, contava as novidades do congresso que a entidade vai realizar em novembro, em Ribeirão Preto. Uma delas, confirmada por Joaquim Maria Botelho, é a possível presença da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, convidada para a abertura do evento.
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