Na manhã desta quinta-feira (8) morreu o cantor Jair Rodrigues, aos 75 anos de idade. De acordo com a JRC Produções, o músico estava em casa, em Cotia (SP) ao lado de familiares e teve um infarto fulminante. Casado com Clodine, ele deixa os filhos Luciana e Jair Oliveira, ambos cantores. O próximo show seria na casa de shows Terra da Garoa, em São Paulo, no dia 15 de maio. Nascido em 6 de fevereiro de 1939, em Igarapava (SP), o cantor iniciou sua carreira musical em 1950 e na década seguinte atingiu o sucesso em programas de calouros na televisão. Fez história com o programa O Fino da Bossa ao lado da Pimentinha Elis Regina. O trabalho rendeu três discos, Dois na Bossa volume I, II e III, gravados ao vivo. Na época, foi um dos primeiros registros a atingir mais de 1 milhão de cópias.
No início da década de 60, o músico fez sucesso com a gravação do primeiro disco e com músicas como Brasil sensacional e Marechal da vitória. Em 1962, gravou aquele que é considerado seu registro de estreia, um disco de 78 rotações com duas músicas: Brasil sensacional e Marechal da vitória, que tinham como tema a Copa do Mundo daquele ano, no Chile, que foi vencida pela seleção brasileira.
Em 1964, gravou seus dois primeiros LPs intitulados: Vou de samba com você e O samba como ele é. Seu maior sucesso no período foi a música Deixa isso pra lá, tida como precursora do rap no Brasil. Marcada pelo movimento característico das mãos de Jair Rodrigues, a faixa foi regravada em 1999 em parceria com o grupo Camorra.
Com jeito brincalhão de malandro, e a voz potente, Jair ficou nacionalmente conhecido através dos duetos com a “pimentinha”. O trabalho rendeu três discos, Dois na Bossa
volume I, II e III, gravados ao vivo. Na época, foi um dos primeiros registros a atingir mais de 1 milhão de cópias.
A interpretação de Jair ganhou dimensão que ressoa até hoje principalmente com a canção Disparada, de Geraldo Vandré e Théo de Barros. A canção sertaneja foi sensação no Festival da Música em 1966, principalmente pelo fato de Jair ter ficado conhecido como um artista do samba. Disparada acabou empatada com A Banda, de Chico Buarque.
Carismático, Jair Rodrigues revisitou o disco “Dois na Bossa” no palco dedicado a Elis Regina na Virada Cultural de 2012, em São Paulo. Na ocasião, ele afirmou que Elis havia sido um grande amor. Ele voltaria a relembrar da época ao assistir o espetáculo Elis, a Musical, em cartaz. Jair assistiu o musical em março, aplaudiu de pé e acabou homenageado pelo público.
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