No domingo, 19, será realizada em Botucatu a Pajelança dos Índios Fulni-ô, de Pernambuco, com participação do índio Valdez Baré, da Amazônia. O evento está marcado para começar as 15 horas no sítio Beira da Serra, estrada vicinal Alcides Soares, KM 02, ao lado da Fazenda Lageado.
Será realizado trabalho de cura de 3 a 4 horas de duração, com dança, cânticos sagrados, passe de cura e limpeza energética, cura com as ervas medicinais, além de uma belíssima exposição de artesanatos, como cocares, arco e flecha, colares, brincos, etc. O valor do ingresso é R$ 60,00. Informações pelo telefone (14) 99719-3017
A tribo
Os índios da tribo Fulni-ô vivem no município de Águas Belas, em Pernambuco numa aldeia de 11.500 hectares, localizada a 500 metros da sede da cidade. Sua população é de aproximadamente 3.600 índios. Eram conhecidos, antigamente, como Carijó ou Carnijó e não se conhece o tempo da sua existência.
A origem do nome Fulni-ô é muito antiga. Significa “povo da beira do rio” e está relacionada com o rio Fulni-ô que corre ao longo da aldeia de Águas Belas. Os índios têm convívio diário com os não-índios, são todos bilíngues, se vestem como os brancos, mas não perderam sua identidade. São os únicos indígenas do Nordeste brasileiro que mantêm viva a sua língua nativa a Yaathe (ou Yathê).
Os Fulni-ô utilizam para curar doenças muitas plantas que sobreviveram ao desmatamento. Possuem um Centro Fitoterápico de Reprodução de Mudas e Essências Medicinais, mantido com o apoio da Fundação Nacional da Saúde e da Unesco, onde são cultivadas várias plantas que servem como remédios populares distribuídos na aldeia.
Como ornamentos e decoração são produzidos machados de pedra, bordunas, arcos e flechas. O uso do cocar, pintura corporal ou adereços não são marcas dos Fulni-ô. Para eles a origem do índio é a sua linguagem, por isso conseguiram mantê-la viva até hoje.
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