Guilherme Arantes, no momento, são dois. Um é o que segue com shows dos 40 anos de carreira (como é o caso deste sábado à noite, em Botucatu). Outro está com foco no novo disco de inéditas. Entusiasmado, o cantor e compositor antecipa ao JC detalhes do álbum, a ser lançado em um mês, inclusive o nome: “Flores e Cores”. “São 12 músicas inéditas nas quais estou trazendo aquele frescor dos anos 80”, diz. “É um disco para meu público. Quarentões e cinquentões que não curtem essas músicas que estão tocando nas baladas. Mas que ligam o rádio e só têm à disposição flashbacks. É muito pouco para o que merecem”.
Seu momento parece ser híbrido. Faz shows com sucessos, mas está prestes a lançar álbum de inéditas. Como é isso?
Guilherme Arantes – Por enquanto, nos shows, como esse de hoje em Botucatu, vou com os hits mesmo, até porque ainda ninguém conhece as novas. Faço direitinho um show solo, é quase como se fosse com banda. Estou feliz com o resultados das apresentações e do novo disco.
Pode antecipar o que vem por aí?
Guilherme Arantes – Ainda não divulguei, mas o disco novo se chama “Flores e Cores”. É um álbum com 12 músicas inéditas. Uma safra boa. Com o frescor dos anos 80, sabe? É um lançamento independente e sai em cerca de um mês.
Como são essas novas canções?
Guilherme Arantes – São pop, com romantismo, algo bem geracional. Tem algumas canções que ficaram guardadas por um tempo até ganhar a luz. É um disco amoroso. Não fiz perseguindo agradar a molecada. Quem toca o Brasil em frente é um bando de quarentões e cinquentões que fazem rodar a economia, não é? A chamada meia idade é que dá a bola na sociedade brasileira, mas musicalmente não é bem servida. Não curte o que está tocando por aí e nas baladas, mas não tem coisa nova para ouvir. Pretendo que meu disco ajude a preencher essa lacuna.
O que oferecerá exatamente nesse sentido?
Guilherme Arantes – O disco terá arranjos com cordas, algo completamente fora de moda. E daí? Preciso sobreviver moralmente a tudo o que está predominando na música atual. Acho que consegui uma coleção de músicas novas e boas. É na veia. Busquei um acabamento poético, o que não quer dizer erudição. É música popular, mas feita para aquele que está no engarrafamento aí em Bauru ou aqui em Salvador, onde moro, e que liga o rádio, mas só encontra flashback do seu gosto. Por que tem que ser assim? Esse é um público desassistido. Não precisa ser só música antiga a boa. Precisamos ter música popular bem feita hoje, agora. Há um gol gigantesco aberto na frente da gente e eu quero marcar.
SERVIÇO
Guilherme Arantes em Botucatu: hoje, 15/7, às 21h, com sucessos de quatro décadas de carreira, como “Meu Mundo e Nada Mais”, “Cheia de Charme”, “Brincar de Viver”, “Um Dia, Um Adeus”, etc. Local: auditório do Colégio La Salle (Praça Dom Luiz Maria de Santana, 272 Centro). Ingressos: http://www.megabilheteria.com e no local a partir das 15h. Detalhes: (14) 3882-0236 / (14) 3811-2700.
Fonte: JC Net
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