A Festa do Folclore realizada pela Prefeitura de Botucatu, através da Secretaria Municipal de Cultura, atraiu um grande número de pessoas este final de semana para o Espaço Cultural Antônio Gabriel Marão. O evento contou com uma gama diversificada de atividades como com oficinas, exibição de curtas, apresentações musicais e de dança, praça de alimentação, feira de artesanato e brinquedos para as crianças.
{n}Primeiro dia{/n}
No sábado (20), das 14 ? s 17 horas, foi realizada a oficina Lendas do Brasil destinada a jovens maiores de 12 anos, oferecendo 20 vagas e as inscrições feitas por ordem de chegada. A oficina foi uma preparação de corpo e voz para contação coletiva de lendas do Brasil, sob orientação de Vera Lúcia Ravagnani.
No mesmo dia, a partir das 18 horas, aconteceu a apresentação teatral Causos com a Rabeca, com o Grupo Prana. Nela, atores caracterizados para os festejos caminharam entre o público e contaram pequenos causos e versinhos populares ao som da rabeca. Às 19 horas a música ficou por conta de Ari Freitas e Zé Lourenço com os Catireiros de Dois Córregos e um grupo de dançarinos que estão juntos há mais de 30 anos. Eles deram um verdadeiro show de irreverência e criatividade interagindo com o público.
A última atração musical do sábado ficou por conta do grupo Kateretéc, ? s 20 horas. O grupo, por meio da utilização de cordas de percussão, poesia e sapateado, valoriza a música brasileira e evidencia a cultura regional.
{n}Segundo dia{/n}
Já no domingo (21), a partir das 15 horas, foram realizadas duas sessões da exibição de curtas da série Juro Que Vi. São elas: Matinta Pereira e Curupira. A série de desenho animado brasileira explora os personagens do folclore nacional, recontando as lendas de maneira atual.
As apresentações de dança também aconteceram após as 15 horas com o Frevo e Arcos de Cavalo Marinho dos alunos da Escola Aitiara, e ? s 16 horas com a ciranda da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Botucatu (Apae).
Às 17 horas, a Oficina da Dança apresentou A terra nasce do chão, com coreografias baseadas em poemas e repentes de Elenilde Teresa dos Santos. Ela nasceu em Sergipe e mora há 14 anos em Botucatu, no bairro 24 de Maio, onde participa ativamente como líder comunitária. Desde muito jovem, observa a vida e seu cotidiano com muita sensibilidade, de onde tira inspiração para fazer poemas e repentes. Aos 55 anos de idade começou a colocar no papel suas letras de música e poemas, registrando toda sua produção.
O Grupo de Fandango Batido São Gonçalo, considerado o primeiro grupo de Batido Caiçara do Estado de São Paulo, se apresentou ? s 18 horas e ? s 20 horas no Espaço Cultural. O espetáculo Contos e Cantos dos Sertões, baseado na obra de Guimarães Rosa, com o Trio Mistura Fina, encerrou a festa com declamações, contações de causos, mentiras e muita cantoria.
{n}Horário especial{/n}
Nesses dois dias o Museu de Arte Contemporânea (MAC) Itajahy Martins teve horário especial durante a Festa do Folclore com a exposição fotográfica Da arte ao pão, da fotógrafa Luciane Aria. Ele funcionou no sábado, das 9 ? s 18 horas, e domingo, das 14 ? s 18 horas.
A exposição mostra o foco da sensibilidade e do olhar da fotógrafa para a criatividade do ser humano em desenvolver um meio de sustentabilidade informal. De acordo com a fotógrafa Luciane Aria, nas mais variadas formas de sobrevivência a arte se manifesta.
Fotos: David Devidé
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