A Assessora em Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Botucatu, Conceição Domingos Vercesi, participou da abertura do programa Mentoria para Mulheres Empreendedoras, na residência do Cônsul-Geral dos Estados Unidos em São Paulo, Dennis Hankins.
O programa, que terá a duração de quatro meses, conta com a parceria do Centro Universitário Senac, do Escritório Regional Capital Sul do Sebrae e de grupos de mulheres empresárias. Ele visa o fortalecimento do empreendedorismo de mulheres no Brasil.
Conceição Vercesi participará do treinamento do programa e comenta que o convite para participar do evento foi realizado após indicação e seleção de parceiros do projeto Botuáfrica. Ele trabalha a produção de roupas e acessórios feitos de tecidos estampados ? mão, baseados na cultura africana e afro-brasileira.
O Botuáfrica surgiu em 2010, idealizado pela Prefeitura de Botucatu, por meio da Assessoria de Políticas de Promoção da Igualdade e Ações Afirmativas, e conta com a parceria do Instituto Botucatu sob a curadoria e coordenação geral de Silvia Sasaoka. Participam dele integrantes do projeto Evoluir, do Bairro 24 de Maio. No dia 26 de julho, o projeto também foi apresentado no Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha – O Latinidades. Ele é considerado atualmente o maior festival de mulheres negras do País.
A apresentação foi realizada no Museu da República, em Brasília. Na oportunidade, Conceição Vercesi integrou a mesa de debate Moda Afro e Empreendedorismo. Ela pôde compartilhar a experiência do Botuáfrica com participantes de diversos estados brasileiros, incluindo também países como Nigéria e Inglaterra.
O momento que vivemos é muito especial, o de autoafirmação, reconhecimento e valorização da cultura africana e afro-brasileira, que por séculos esteve ? margem. São muitas as ações tomadas pela iniciativa privada, mas, sem sombra de dúvidas, as ações de governo, ou seja, as ações de políticas públicas afirmativas através de iniciativas como as da Prefeitura de Botucatu tem se destacado como um potencial de emancipação, e desenvolvimento, relata.
Vercesi ainda enfatiza que o Botuáfrica está alinhado ? s cidades com vontade de promover mudanças por meio das políticas de ações afirmativas. O trabalho agrega consciência, bem como, o valor da multiculturalidade e diversidade do povo brasileiro tendo a África como instrumento didático-pedagógico. E o modelo tem atraído olhares. Minha expectativa é ver esta e outras ações como políticas de Estado, quem sabe no futuro, dentro de uma universidade em nosso Município por meio de um curso de moda, estética e empreendedorismo afro, idealiza.
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