Fotos: Guilherme Ruzza
Um grande público esteve presentes na encenação da Via Sacra Ao Vivo que aconteceu neste sábado, às 20 horas, no Largo da Catedral. Evento abriu as comemorações da Semana Santa e o calendário de eventos dos 160 anos do município de Botucatu. O espetáculo foi apresentado pelo Grupo de Teatro Bom Jesus, de Ibitinga, que há 34 anos emociona milhares de pessoas em diversas cidades do Estado de São Paulo.
Encenação envolveu cerca de 300 pessoas, entre artistas e organizadores. contando com pessoas da comunidade, de todas as idades e classes sociais nas passagens das 15 Estações da Via Sacra, com coreografia e cenários próprios da época, seguindo fielmente o texto bíblico.
A encenação tem início com a prisão e julgamento de Jesus Cristo por Pôncio Pilatos. Julgado e condenado, Jesus recebe uma pesada cruz e inicia a caminhada até o calvário, encontrando-se pelo caminho com Maria, sua mãe. É ajudado por Simão Sirineu, consolado pelas mulheres de Jerusalém, até que finalmente chega ao Calvário, onde ocorrem as cenas da crucificação. Após a morte na cruz, Jesus é sepultado e em seguida ressuscita, cena acompanhada de efeitos especiais e show pirotécnico.
Um dos maiores entusiastas e apoiadores para a realização do espetáculo, o padre Emerson Rogério Anizi, afirma que há muito tempo alimentava o sonho da cidade receber um evento com essa grandiosidade. “Estarmos de alguma forma envolvidos com essa produção é um imenso privilégio. Sempre desejei que a comunidade de todos os credos pudesse vivenciar esse momento grandioso de forma pública. Sozinhos nunca conseguiríamos isso. Graças a parceria entre a Prefeitura Municipal e o Grupo de Teatro Bom Jesus isso foi possível. O Largo da Catedral foi transformado em um referencial de fé”, comentou o religioso.
Anizi classifica o espetáculo como um momento de arte, cultura e fé para o público vivenciar, no início da Semana Santa, a mesma experiência vivida por Jesus. “Para que essa experiência nos leve a confrontar nossa fé e nosso testemunho diante dos homens nos dias de hoje. Podemos nos confrontar com nossas atitudes, nossa espiritualidade, o que nos remete a uma realidade ativa e não passiva, diante daquilo que a vida nos apresenta. É um momento em que a fragilidade humana se preenche de força e da potência divina para bem se viver”.
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