22 agosto 2025
São diversos personagens que alimentam o imaginário popular
Nesta sexta-feira (22), o Brasil celebra o Dia do Folclore, uma data dedicada à preservação e valorização de lendas, mitos, crenças e tradições que formam a identidade cultural do país. No interior paulista, personagens do imaginário popular seguem vivos na memória coletiva, seja em rodas de conversa, festas ou mesmo na literatura regional.
Entre eles, o mais famoso talvez seja o Saci-Pererê, figura que tem ligação direta com Botucatu. A cidade já foi reconhecida como a Capital Nacional do Saci, título conquistado por meio de projetos culturais e eventos que destacavam o menino de uma perna só, travesso e dono de um cachimbo inseparável.
Até hoje, Botucatu mantém essa relação afetiva com o personagem, que já inspirou livros, oficinas culturais e até mesmo debates acadêmicos sobre a força do folclore na formação da identidade local.
Mas o Saci não é o único a rondar as matas, trilhas e memórias do interior. Outros personagens também alimentam o imaginário popular, como o Curupira, protetor das florestas com seus pés virados para trás, sempre confundindo caçadores e defendendo os animais. A temida Mula sem Cabeça, que solta fogo pelas narinas em noites de sexta-feira, também segue firme nas histórias contadas de geração em geração.
Outro mito com forte ligação à região é o Unhudo, criatura que, segundo o folclore, aterroriza aqueles que se aventuram pelos caminhos mais ermos. Com garras afiadas e uma presença assustadora, o Unhudo reforça a tradição interiorana de criar e perpetuar personagens que misturam medo, respeito e ensinamentos.
A presença dele é forte em Mineiros do Tietê. Segundo a tradição, o Unhudo é o protetor da região da Pedra Branca e castiga quem tenta roubar frutas ou agredir a fauna com a caça de animais silvestres.
O folclore, mais do que um conjunto de histórias fantásticas, é um patrimônio imaterial que carrega valores, alertas e sabedoria popular. Ele une o Brasil de Norte a Sul, mas no interior paulista encontra terreno fértil para se manter vivo, entre festas escolares, grupos de teatro, iniciativas culturais e a transmissão oral dentro das famílias.
Neste Dia do Folclore, mais do que celebrar figuras como o Saci, o Curupira, o Unhudo e tantos outros, é importante lembrar que preservar essas tradições significa manter viva uma parte essencial da identidade brasileira.
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