Um ano atrás, o filatelista (colecionador de selos), numismata (que estuda moedas e medalhas) e empresário botucatuense Edil Gomes, 42 anos, encontrou num site da internet a oferta de um estranho cartão postal, muito diferente de todos os outros que são normalmente oferecidos. “Como colecionador achei o cartão peculiar e curioso e decidi adquirir”, conta Gomes.
Numa das faces do cartão, impresso por American Bank Note Company New York, em que já vinha estampado um selo de 40 réis com a efígie de Dom Pedro II, consta apenas de forma manuscrita o nome do destinatário: Cidadão Augusto Ambrósio Rücker, e o local: Sapiranga.
“O lado oposto da cartolina é totalmente ocupado por números e algumas poucas letras, o que se configura em uma enigmática mensagem criptografada. Apesar de nunca ter vindo ao Rio Grande do Sul, nunca ter visitado Sapiranga e não saber quem foi Augusto Ambrósio Rücker paguei US$ 20 para que a encomenda viesse da Alemanha, onde se encontrava”, conta o colecionador.
Curioso e empenhado em decifrar o escrito, Gomes encontrou no Almanaque Gaúcho de 15 de outubro de 2011 um convite para a festa que reuniu os descendentes da família Rücker, no dia 23 daquele mesmo mês e ano. “Digitalizei o cartão postal e o enviei para Zero Hora. Tentamos contato com alguém da família, mas ainda não conseguimos”, revela.
Ele apurou que Augusto Ambrósio Rücker é o nome de uma escola municipal de Ensino Fundamental em São Pedro do Maratá, um distrito do município de Maratá, que se emancipou de Montenegro em 20 de março de 1992. “Até onde sabemos, Ambrósio foi professor de música e um dos dois filhos de Vicente José Rücker, um imigrante alemão que teria vindo da Silésia em 1896. A opção pela mensagem em código continua sendo para nós um mistério. Alguém poderia ajudar-nos na solução desse enigma?”, desafia Gomes.
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