O cine Ybitu Katu já divulgou a seleção de filmes que estarão sendo disponibilizados para o público no mês de março. As exibições acontecem no auditório do Centro Cultural de Botucatu que fica na Praça XV de Novembro, 30 – ao lado do Cine Neli, no mesmo prédio que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Subsecção de Botucatu.
As sessões que acontecem aos sábados e se iniciam ? s 19h30 e o ingresso é um quilo de alimento não perecível ou um litro de leite longa vida para ser entregue ao Asilo Padre Euclides.
{n}{tam:25px}Programação{/tam}
17/03: Hiroshima Mon Amour (Alain Resnais, 1959){/n}
Uma atriz francesa está no Japão para atuar em um filme pacifista sobre a hecatombe nuclear em Hiroshima. Enquanto se relaciona com o amante, arquiteto japonês que sobreviveu ? guerra, ela relembra o primeiro amor, um soldado alemão. Hiroshima, Mon Amour é a estreia em ficção do francês Alain Resnais (1922). Fascinado pela análise da memória e do esquecimento, o diretor adota gêneros variados em obras que desafiam a lógica das narrativas convencionais. Com roteiro da escritora Marguerite Duras (1914-1996), Hiroshima Mon Amour é dos casamentos mais arrojados entre cinema e literatura. A mistura de passado e presente, traumas e afetos resulta em um filme cuja poesia é ainda única na história do cinema. Duração: 89 minutos
{n}24/03: PickPocket – O Batedor de Carteiras (Robert Bresson, 1959){/n}
O personagem principal é Michel (Martin LaSalle), um jovem que começa a bater carteiras por prazer e pela emoção do roubo e isso vira uma compulsão. Ele é preso, percebe o choque que isso causa em sua mãe e em seus amigos e reflete sobre seus atos. Porém, depois de solto, ele se junta a um ladrão veterano e volta ao crime. Sua consciência pesa, bem como a memória de sua mãe. Também a presença de Jeanne (Marika Green), uma jovem por quem se apaixona, lhe faz pensar em deixar o crime, o que acontece de forma irônica. O filme contou com um batedor de carteiras como consultor. A frieza do tratamento, o rigor e a economia dos efeitos psicológicos faz deste filme um grande clássico da escola Bresson. Inspirado em Crime e Castigo, de Dostoievski. Duração: 75 minutos.
{n}31/03: Os Primos (Claude Chabrol, 1959){/n}
A história de Les Cousins gira em torno de dois jovens que são primos e são estudantes universitários, em Paris. Charles é de uma pequena cidade francesa e foi enviado por sua mãe para viver com seu primo, Paul, que tem um apartamento na cidade. Charles é direto, sincero, sem maldade, um pouco ingênuo. Paul é sofisticado, disposto a aceitar qualquer responsabilidade e pronto para aceitar qualquer papel que possa diverti-lo no momento. Em suma, Charles é o menino do interior, e Paul o playboy cosmopolita. Quando se trata de estudar, Charles é sério e dedicado, enquanto Paul é um hedonista. Essa dicotomia é enfatizada a cada passo através do filme e que pode parecer muito simples. Mas há um movimento interno na mente do protagonista, Charles, com a sua visão do mundo inocente moldado a partir de valores tradicionais que é contestada pela face da corrupção. De alguma forma, Les Cousins pode ser visto como uma descida ao inferno, e há pistas por todo o filme que reforçam essa metáfora. Basta você identificá-las. Duração: 112 minutos
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