Fotos: David Devidé
O frio do início da madrugada deste domingo (25) não foi empecilho para que Praça Pedro Torres, Largo da Catedral recebesse um grande público no show do ator, cantor e compositor Almir Sater, na Virada Cultural Paulista, realizado nesse final de semana em Botucatu.
Sater trouxe para Botucatu um repertório diversificado não se esquecendo, é claro, grandes sucessos como: Trem do Pantanal; Amanheceu Peguei na Viola; Amora; Um Violeiro Toca; Peão; Comitiva Esperança Chalana; Tocando em Frente; e tantas outras.
Almir Eduardo Melke Sater (Campo Grande, 14 de novembro de 1956) é um violeiro, compositor, cantor e instrumentista brasileiro e atuou em diversas novelas como ator. Seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo e sua música é descrita como folk, gênero musical que combina elementos de música folclórica e rock.
Agrega uma sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas, o folk norte-americano e também com influências das culturas fronteiriças do seu estado, como a música paraguaia e andina. E o resultado é único, ao mesmo tempo reflete traços populares e eruditos, despertando atenção de públicos diversos.
Com mais de 30 anos de carreira sólida e 14 discos solo gravados, Almir tornou-se um dos responsáveis pelo resgate da viola de 10 cordas, sendo reinventada, o músico acrescentou um toque mais sofisticado ao instrumento, estilos como blues e rock, embalados do folk.
Embora cante músicas regionalizadas Almir Sater não se considera um sertanejo. Não sou sertanejo. Eu sou pop. Eu sou roqueiro. Não escuto música sertaneja em casa. Escuto violeiro pontear a viola e não tem nada a ver com sertanejo. Violeiro é instrumentista, é bandeira brasileira, disse o cantor que sempre procura enfocar a natureza em suas canções. Dinheiro não é tudo, a natureza é mais importante e se existe alguma coisa que é tão perfeita a semelhança de Deus é a natureza. Tudo se encaixa, então eu acho que tem que zelar mais por ela, prega.
Segundo ele, suas músicas são influenciadas pelo folk mundial. Minha música tem influência do folk americano, da música paraguaia e andina. Esta mistura é bonita, uma música para a alma, difícil de copiar. Quando anunciam Hoje vai tocar aqui o sertanejo Almir Sater, eu acho equivocado. Mas se a pessoa acha que é quem sou eu para julgar? Se eu não disse qual é o meu estilo, eu deixo a pessoa seguir a intuição dela. Eu sou um violeiro, na verdade, coloca.
E conclui: Meus discos não são caipira. Meu som é uma mistura do que eu gosto. Usar chapéu e estar em contato com a natureza são coisas que fazem parte da minha vida desde que me conheço por gente. É uma coisa minha, assim como tocar viola, mas nunca fui sertanejo. Gosto de passear por esse universo. Na verdade, sou um violeiro popular brasileiro.
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