Acervo de Auguste Rodin da Pinacoteca é exibido ao público do interior paulista

Cultura
Acervo de Auguste Rodin da Pinacoteca é exibido ao público do interior paulista 30 julho 2019

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e o Fórum das Artes apresentam, de 3 de agosto a 15 de dezembro de 2019, Figura e modernidade: Rodin no acervo da Pinacoteca de São Paulo, que reúne a coleção completa da Pinacoteca referente ao artista francês.

Com curadoria de Valéria Piccoli, curadora-chefe do museu, o conjunto de 10 esculturas originais e 76 fotografias documentais da vida do artista será exibido gratuitamente na Pinacoteca Fórum das Artes, em Botucatu, novo espaço cultural reformado pelo Governo de São Paulo. A exposição conta com o patrocínio da CPFL Energia e passou pelo Instituto CPFL, em Campinas, de 20 de março a 29 de junho de 2019, tendo recebido 10.710 visitantes.

A Pinacoteca é o único museu no Brasil a possuir um acervo representativo deste artista, o que faz dessa itinerância uma iniciativa de grande interesse para o público dos museus e espaços culturais do interior do estado. Reafirma também o próprio papel da instituição enquanto equipamento do Estado.

“A exposição oferece ao público paulista uma oportunidade única de conhecer um grupo de obras de um artista que é, reconhecidamente, um precursor da escultura moderna. A Pinacoteca cumpre cada vez mais, por meio desta iniciativa, sua missão de promover a experiência do público com a arte, estimular a criatividade e a construção do conhecimento para além de sua sede na cidade de São Paulo”, resume o diretor-geral do museu, Jochen Volz.

Sobre a coleção atual do museu, Valéria Piccoli comenta que “trata-se de fundições recentes de obras clássicas do artista, realizadas sob supervisão do museu francês”. Fazem parte também da coleção da Pinacoteca um conjunto de 76 fotografias em que o artista aparece trabalhando em seu ateliê, acompanhado de modelos de suas esculturas ou mesmo de amigos e mecenas.

“Esse material é constituído de fac-símiles de itens dos arquivos do Musée Rodin e ajudam a compor um percurso cronológico pela vida do artista, mostrando outros artistas e intelectuais que ele admirava e com quem se relacionava. Mais curioso é que algumas dessas fotos revelam como Rodin utilizava a fotografia no processo de composição de suas esculturas ”, completa ela.

A relação da Pinacoteca com o escultor Auguste Rodin (1840-1917) se iniciou em 1995, no contexto das exposições Rodin: Esculturas e Rodin e a Fotografia, realizadas em parceria com o Museu Rodin, de Paris. As mostras receberam, juntas, mais de 183 mil pessoas e marcaram também o início das exposições internacionais de grande porte na instituição.

Naquele ano, o museu conseguiu, graças à campanha de doação junto ao público, adquirir A Musa Trágica (1890-92). Em seguida, seria a vez de O Gênio do Repouso Eterno (1899-1902), doada ao museu pelo Shopping Center Iguatemi no mesmo ano. Trata-se da 11ª cópia disponível no mundo e considerada uma das mais monumentais do artista, com cerca de dois metros de altura e 500 quilos. Até o ano de 2005, o museu incorporaria ainda mais oito esculturas: Torso masculino do Beijo (c. 1886), Torso do filho de Ugolino (1882), Bacanal (1880-1990), Musa de Whistler – Estudo para o monumento “Tipo C” (c. 1905-1906), Torso da Sombra (1880), Toalete de Vênus e Andrômeda (c.1890-1987), A sacerdotisa (c. 1899-1995) e Homem que caminha sobre coluna (1877-1990).

Em 2001, a Pinacoteca organizou mais duas mostras dedicadas ao escultor: Auguste Rodin: esculturas e fotografias e a espetacular A Porta do Inferno, que recebeu mais de 300 mil visitantes. O título da última faz referência a uma obra monumental, considerada uma das mais icônicas na carreira de Rodin, que, de certa forma, revela a “admiração do artista pela arquitetura gótica, a Renascença italiana e o poder do qual o artista dotou o corpo humano”, segundo a conservadora-chefe do Museu Rodin, Antoinette Le Normand-Romain. Aquela foi a primeira vez que a obra foi exibida na América Latina. Além da Porta, a Pinacoteca apresentou ainda 43 esculturas em bronze, 25 desenhos e 10 fotografias.

SOBRE A PINACOTECA DE SÃO PAULO

A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até́ a contemporaneidade. Fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo é o museu de arte mais antigo da cidade. Instalada no antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios, projetado no final do século XIX pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, passou por uma ampla reforma com projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha no final da década de 1990.

O acervo original da instituição foi formado com a transferência de 20 obras do Museu Paulista da Universidade de São Paulo de importantes artistas da cidade como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Antônio Parreiras e Oscar Pereira da Silva. Hoje este acervo ultrapassa o número de 10 mil obras.

Em 2004, a Pinacoteca incorporou o edifício do Largo General Osório que, originalmente, abrigava armazéns e escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana. O edifício foi totalmente reformado pelo arquiteto Haron Cohen e passou a chamar-se Estação Pinacoteca, hoje Pina_Estação, para receber parte do programa de exposições temporárias.

SOBRE A PINACOTECA FÓRUM DAS ARTES

A criação da Pinacoteca Fórum das Artes nasce da ideia de transferir o MAC Museu de Arte Contemporânea Itajahy Martins  para o edifício do antigo Fórum de Justiça, projeto de autoria do escritório Ramos de Azevedo, principal  ícone da arquitetura do século XX e cedido pelo Governo do Estado para  Botucatu com finalidades culturais e educativas.

A partir do convênio estabelecido com a Secretaria de Estado da Cultura, por meio da UPPM, Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico,  iniciaram-se as obras de reforma e adequação para que o edifício atendesse de forma qualificada, todos os setores necessários à implantação de um novo museu.

A Pinacoteca Fórum das Artes é um  complexo cultural vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, que sediará o MAC – Museu de Arte Contemporânea Itajahy Martins, exposições da Pinacoteca de São Paulo, de outras Instituições afins e exposições temporárias, de artistas locais e projetos de Arte Contemporânea, na Galeria Fórum das Artes.

Com o objetivo de possibilitar a abertura ao público com exposições e projetos educativos, a AFA Associação Fórum das Artes, desenvolveu um projeto que foi aprovado na  Lei de Incentivo Fiscal  Rouanet para  envolver a iniciativa privada neste grande empreendimento cultural. A abertura das exposições e do projeto educativo da Pinacoteca Fórum das Artes, tornou-se possível com o patrocínio das empresas CAIO, Sabesp e Duratex e  o apoio Cultural da Eucatex.

Este equipamento terá uma abrangência regional e oferecerá uma programação cultural diversificada, para atender a todos os públicos,  e contará com atendimento educativo para visitas agendadas para grupos de escolas, instituições, entidades de Botucatu e região.

A partir do dia 3 de agosto, a Pinacoteca Fórum das Artes será aberta  ao público com a exposição do escultor francês Auguste Rodin,  consolidando a parceria de Botucatu com a Pinacoteca de São Paulo.

Reabre a sede definitiva do MAC Itajahy Martins com as exposições Diálogos em contexto, obras do acervo do MAC, a exposição Memorial Itajahy Martins com obras e objetos do fundador do MAC, doados pelo artista e pela família;  a exposição A casa: jogos de luz de cor exposição individual de Amélia Piza, artista plástica botucatuense, a primeira diretora do MAC e a exposição Conexão Gráfica na Galeria Fórum das Artes com gravuras doadas pelo Instituto Itaú Cultural.

Um complexo de arte e cultura para o deleite da cidade de Botucatu e toda a região.

 EXPOSIÇÕES DE ABERTURA:

Figura e modernidade:  Auguste Rodin no acervo da Pinacoteca de São Paulo

Curadoria de Valéria Picolli

até 15 de dezembro de 2019

A CASA: jogos de luz & cor – exposição individual da artista botucatuense Amélia Piza

até 26 de janeiro de 2020

Amélia Piza apresenta telas executadas nos anos recentes, dentro da temática figurativa que caracteriza sua produção artística. São composições realizadas em acrílica sobre tela, representando cenários domésticos e jardins idealizados.

O tema da exposição refere-se ao tratamento dado às obras, com alterações no duo luz-tempo e na construção dos ambientes, buscando uma interpretação poética que ultrapassa a realidade.

Diálogos em contexto – primeira exposição de longa duração do acervo do MAC.

Esta exposição com obras de artistas de Botucatu e de outras localidades propõe a inter-relação das obras do acervo do MAC, dos artistas locais entre outros de renome internacional,  de circunstâncias formais e conceituais,  que entrelaçam a composição  do espaço, da paisagem e da  figura humana nas mais diversas formas de representação.

Memorial Itajahy Martins – gravuras e objetos do artista botucatuense, fundador do MAC.

Botucatuense de nascimento e de coração , o professor e artista plástico Itajahy Martins dedicou-se ao ensino da arte e da gravura durante toda a sua vida. Com o espírito criativo, junto a um grupo de artistas fundou em 1984 o Museu de Arte Contemporânea de Botucatu – o MAC. Sua gravura destaca-se pelo virtuosismo técnico, especialmente a xilogravura que utiliza a madeira como suporte para a matriz. Seu buril e goivas deram forças inusitadas a temas diversos: congadas, pescarias, caiçaras, cavalos azuis, briga de galos e peixes de requintado tratamento gráfico.

O MAC Itajahy Martins, assim denominado em 1991, após o falecimento de seu precursor, tem a honra de fazer a salvaguarda de suas obras, doadas pela família, junto a suas ferramentas e as prensas, seu testemunho de tantos anos de trabalho.

Conexão Gráfica – exposição de gravuras na Galeria Fórum das Artes

 até 26 de janeiro de 2020

A exposição reúne um conjunto  de 28 gravuras que foram doadas ao MAC pelo Instituto Itaú Cultural. Este recorte curatorial foi eleito pela equipe do projeto apresentado ao Programa de Ações Culturais do Estado de São Paulo PROAC para organizar a itinerância desta exposição pelo interior de São Paulo, inicalmente pelas cidades de Sorocaba e Bauru, e com apenas 21 gravuras.

Dentre as 432 gravuras integrantes desta coleção, esta exposição estabelece uma sintonia entre as diferentes linguagens e representações. Cria uma conexão e ao mesmo tempo uma oposição ao temas propostos: geometria, gestualidade, organização e caos, instabilidade e equilíbrio, formas e texturas são apenas alguns dos recursos utilizados pelos artistas Amilcar de Castro, Rubens Ianelli, Maria Bonomi, Renina Katz, Wakabaiashi entre outros nomes da gravura brasileira.

Este acervo, apresentado pela primeira vez em Botucatu, agora na Galeria Fórum das Artes celebra a nova e definitiva sede do MAC Itajahy Martins e a abertura da Pinacoteca Fórum das Artes.

Pinacoteca Fórum das Artes | MAC Itajahy Martins

Rua General Teles, 1040 – Botucatu-SP

Horários: Quarta a sexta das 8h30 às 17h

 Sábado, domingo e feriado das 11h às 17h

Agendamento de visitas educativas: segunda a sexta das 9h às 17h

Fone: (14) 3811-1481 – [email protected]

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