Isso mesmo, a manhã da última terça-feira pode sim, ser considerada uma das mais importantes para o povo botucatuense, tantas foram as atrações ocorridas na solenidade de entrega do mais novo Hospital Estadual.
A visita do ilustre Governador Geraldo Alckmin (um botucudo declarado, que trouxe ? nossa gente um punhado de recursos), foi simplesmente espetacular. A inauguração do novo complexo hospitalar (com capacidade para 80 leitos), por si só já seria algo a se comemorar, afinal, poucos são os municípios que têm o privilégio de ganhar um empreendimento dessa importância, entretanto, os benefícios oferecidos pelo governo do Estado, inclusive a municípios da nossa região, impressionaram a todos que prestigiaram a estada do Governador.
Nada menos do que onze ambulâncias (todas para cidades da região), quatro ônibus (destinados ? nossa Secretaria de Educação), três milhões de reais (para o Hospital Sorocabano), cinco milhões de reais (para obras de saneamento básico no Rio Bonito, Bairro da Mina e Porto Said), além de um moderníssimo laboratório na FATEC, foram anunciados em meio ? muitos aplausos pelo tucano dos bons – aliás, um torcedor santista, cujos dois filhos, por ironia do destino são corinthianos – Doutor Geraldo Alckmin.
De novo, a força dos discursos chamou a atenção e fortaleceu, ainda mais, aquela cerimônia. O primeiro a fazer uso da palavra foi o Superintendente do Hospital das Clínicas, Professor Emílio Carlos Curcelli. Com muita simplicidade o amigo Emílio disse estar feliz com a inauguração de mais uma unidade hospitalar – que, sem sombra de dúvidas, ofertará um pouquinho mais de fôlego ao HC e que também será administrado em conjunto com a FAMESP; falou do avanço que a cidade vem conseguindo nos últimos anos com as parcerias seladas e, por fim, fez muitos agradecimentos, especialmente ? sua equipe de trabalho.
Em seguida o Prefeito João Cury Neto, que não perde uma oportunidade para mostrar o quanto Botucatu perdeu com o governo anterior que não aceitava a ajuda do Estado para nada, chegou até a afirmar que: … hoje é o dia da grande reconciliação do município com o Estado….
Claro que não concordei, até porque, nunca dei autorização (e, duvido que algum munícipe tenha feito isso) para o prefeito anterior ter adotado aquela postura estúpida. Querido João, entendo que a incompetência, a falta de sensibilidade e, principalmente, a arrogância de pessoas que se julgam poderosas ou até mesmo, que utilizam do seu cargo (concedido pelo povo) para usar e abusar de tudo e de todos, não tem nada a ver com reconciliação, afinal, não fomos nós (população) que nos distanciamos do Palácio do Governo e sim, ele. Amigo João a outra frase que você disse, … hoje é um dia de agradecimentos… é que tem a ver com a nossa realidade, especialmente, a vivida naquela manhã.
Mais adiante o dom da oratória, outra vez ganhou destaque. O nosso alcaide, de forma bem peculiar valorizou cada passo ocorrido durante os cinco anos de sua gestão; demonstrou um orgulho enorme em ser frequentemente atendido em suas solicitações junto ao governo do Estado, inclusive, foi enfático em afirmar que há mais de quarenta anos Botucatu não inaugurava um Hospital (o último foi o HC da UNESP no final da década de 60); também disse que a última vez que ocorreu a contratação de um número expressivo de funcionários (370) foi no governo do inesquecível Franco Montoro e agora serão contratadas 840 pessoas; não esqueceu, em nenhum momento de agradecer todos os seus parceiros e, finalizou com uma frase que é a marca registrada da sua promissora vida pública: o segredo do sucesso de um administrador, além de trabalhar muito é gostar de gente.
Quem não gosta de pessoas (voltei a me lembrar do Dito Cujo de anos passados) não sai do zero.
Bão, aí chegou a vez do santista, pai dos dois filhos componentes da grandiosa Nação Corinthiana, ou melhor, o Governador enviar sua mensagem. Bem humorado e bastante espirituoso o nosso mais ilustre botucudo contou causos marcantes, entre os quais, um que envolvia o saudoso Doutor Mario Covas e o Engenheiro Antonio Jamil Cury e um acontecido na sua terra natal (Pindamonhangaba), onde os médicos da cidade tiveram um entrevero sem limites; enfatizou a inteligência da mulher mimosa flor, por sinal, acabou muito aplaudido; disse com convicção que Botucatu é a segunda melhor cidade de São Paulo e um pólo de referência em saúde do Estado; falou da imensa quantidade de recursos que tem destinado ? nossa vasta região e ao se despedir disse em alto e bom som: vocês botucatuenses têm um grande prefeito, o João Cury, sem sombra de dúvidas é um dos maiores prefeitos do Brasil.
Enfim, como já virei arroz de festa, voltei a ser presenteado por Deus com um encontro festivo muitíssimo importante para todos nós, botucatuenses. Assisti uma solenidade de entregas digna da grandeza de governos que prezam pelo bem da nossa gente. Por algumas horas tive a satisfação de conviver com inúmeras autoridades e amigos especiais que (como eu) almejam uma cidade cada vez maior e mais progressista.
Obrigado Governador, pela frequente presteza dispensada ? nossa localidade. Se Deus quiser, continuaremos (através do nosso representante) a visitar o Palácio do Governo e a fazer todas as solicitações que, lá atrás, outro nosso representante não entendia serem necessárias.
Parabéns, moradores da nossa querida CIDADE DOS BONS ARES E DAS BOAS ESCOLAS, hoje, a Capital Nacional da Saúde, por tantas e tantas conquistas.
Com muita satisfação aproveito toda a beleza contida neste conto – aliás, não fomos só nós, botucudos, que acabamos premiados pelo governo do Estado, a população de várias cidades da região também foram beneficiadas – para abraçar todos os frequentadores do tradicional Recanto do Caipira, ali na Vila dos Médicos, muito especialmente a senhora Guiomar Corulli, uma leitora assídua das minhas narrativas semanais.
Também, com muito carinho, abraço outros leitores maravilhosos, que insistem em continuar me acompanhando: meus amigos João Lopes, Professor Ismael Bonassi (meu leitor há mais de dez anos) e o simpaticíssimo Durval Horácio.
Rubens de Almeida – Alemão
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