Eta nóis! Esse relógio do tempo não para mesmo! Passou um ano do dia em que me atrevi a dizer que o CARNAVAL DAS MARCHINHAS estava voltando pra ficar. E voltou mesmo! Só para termos uma noção da volta dessa preciosidade que é a paixão de todos os brasileiros, nada menos do que três tradicionais clubes sociais da terrinha realizaram a festa do Rei Momo em quatro noites diferentes, e em todas, a presença de público ultrapassou as expectativas. Que maravilha!
Como no ano passado, o “DRAÇÕES DA VILA”, respeitável clube da Vila dos Lavradores se incumbiu de dar a largada, logo na sexta-feira ( 22/02). Foi um festão. Muita gente bonita, com fantasias típicas; um salão todinho enfeitado; muita animação e dois “lances” dignos de serem registrados: o primeiro ficou por conta da presença de dois grandes homens públicos que prestam e prestaram muitos serviços à nossa gente, Doutor Joel Spadaro, um dos prefeitos mais queridos entre os “botocudos” da velha guarda e o respeitadíssimo Mario Pardini, atual Chefe do Executivo local. Já o outro, mais admirável ainda, aconteceu pela “falta” de seguranças no local do baile, ou seja, uma amostra de que, de fato aquele tradicional encontro de carnavalescos era todinho familiar. Parabéns, grande Antonio Cecilio Junior e demais companheiros de diretoria, pela ótima organização. Num país todinho de “ponta cabeça”, atravessando a pior crise da sua história, principalmente em nível de violência, realizar um evento com mais de quinhentas pessoas sem um único SEGURANÇA, é mesmo para ser comemorado!
“Bão”, depois foi a vez do famosíssimo BTC – Botucatu Tênis Clube, realizar a sua aguardada 17ª NOITE CARNAVALESCA. Nada menos do que a “badalada” Banda Botucatuense ABR 3 foi contratada para animar a noite e o fez com muita maestria. Ao longo de toda a madrugada, o antigo Ginásio de Esportes do clube (totalmente tomado) foi só alegria. Como já tinha curtido os encantos oferecidos pelo “Dragões”, também tive a honra de ser convidado pelo Presidente Eduardo Rodrigues Torres que inclusive, ao lado do eterno Presidente Nilceo Giacóia me deu a honra de receber, num dos intervalos do baile, um mimo em reconhecimento pela luta que venho travando para que nossos clubes (BTC, Associação Atlética Ferroviária e Associação Atlética Botucatuense) se unam e realizem conjuntamente bailes dos mais marcantes na cidade, em especial, a festa do Rei Momo. Se Deus quiser, um dia, os associados dessas três expressivas entidades sociais contemplarão juntos, um evento inesquecível que, não tenho dúvida nenhuma em afirmar: será um grande exemplo a ser seguido por todo o povo brasileiro.
Por fim, aconteceram as duas noites (sábado e segunda-feira) e a Matinê (terça-feira) lá na nossa “veterana” da Avenida Dom Lúcio. Obviamente que a diretoria da “associação” comandada pelo amigo Jânio Gonçalves também fez o convite chegar até mim. Tinha projetado participar daquela festança pelo menos uma noite, no entanto, alguns problemas familiares (graças a Deus, superados) me impediram de participar e dar um abraço a todos aqueles amigos que já haviam me proporcionado a satisfação de me tornar um SÓCIO REMIDO do clube da “Estrela Solitária”. Vida que segue! Quem sabe no ano que vem, “nóis” presidentes dos clubes realizaremos lá na veterana o 1º CARNAVAL do BTC, FERROVIÁRIA e ASSOCIAÇÃO? Com certeza, isso ocorrendo, serão quatro noites que marcarão história, não só dos clubes que terão a ousadia de se abraçarem pelo bem dos seus associados, mas também, da cidade que se transformará no primeiro município brasileiro a realizar uma parceria desse nível. Que Deus esteja conosco na concretização desse nosso anseio.
Apesar de eu não marcar presença na “veterana” soube que também foi um sucesso; tanto nas noites, como na festa da gurizada “rolou” muita alegria por lá. Aliás, eu não tinha dúvida nenhuma que isso aconteceria, até porque, meu amigo Dinho Herbst, responsável pelo social do clube, não brinca em serviço.
Enfim, mais um ano se passou e mesmo com todas essas tragédias que vem ocorrendo de norte a sul neste país riquíssimo em tudo, somado a todos esses escândalos que, infelizmente, conseguem afetar a nossa gente, com as graças DELE, o nosso PAI, conseguimos, pelo menos, curtir alguns dias de muita paz e alegrias mil. Por sinal, para concluir este “conto”, nada melhor do que relembrar uma marchinha carnavalesca muito antiga (Bandeira Branca), da imortal Dalva de Oliveira, que foi muito tocada nos clubes e que precisava, urgentemente, ser hasteada como uma Bandeira da Paz em nosso país “… Bandeira branca amor; não posso mais; pela saudade que me invade, eu peço PAZ…!”.
Peço desculpas aos meus queridos leitores, para aproveitar toda a beleza deste momento que acabei de mostrar-lhes, e prestar a minha última homenagem a um precioso amigo, que Deus levou para perto DELE, logo no domingo de CARNAVAL. Um ser humano de fazer inveja. Um parceiro de todas as causas. Um filho exemplar que não fazia outra coisa senão trabalhar e trabalhar. Um cidadão que apesar da pouca idade nos deixou enormes ensinamentos. Enfim, um amigo desses que irá fazer falta na vida de muita gente. Até qualquer dia grande parceiro José Carlos Ceranto. Descanse em paz querido amigo!
Rubens de Almeida – Alemão/[email protected]
Compartilhe esta notícia