{n}RECORDANDO A INFÂNCIA{/n}
Eu comparo a vida com águas que correm do rio para o mar
Assim é também nossa mocidade que passa depressa e não volta mais
O nosso destino é um barco triste a navegar. Que talvez se perde na imensidão e vai para onde o vento levar. Adeus mocidade que tive outrora, onde está agora, não te esquecerei.Meus cabelos brancos são restos da infância do tempo em criança que jamais serei.
Eta nóis, que maravilha é esta música dos meus amigos, Milionário & Zé Rico (trecho acima citado)! Além disso, ela deu um toque a mais na festa que juntou muitos militares da velha guarda (a maioria já com cabelos brancos), no salão social da Associação Atlética Botucatuense, na noite da última sexta-feira (08/11), durante o 4º ENCONTRO DE VIOLEIROS; aliás, este evento se encaixou perfeitamente ao ato de reconhecimento que o comando do 12º Batalhão de Policiamento do Interior realiza, anualmente, em homenagem aos policiais que construíram uma bonita história na Corporação.
Foi prazeroso demais desfrutar de bons momentos ao lado desses profissionais dedicados que, com méritos e árduo trabalho conquistaram suas aposentadorias, enquanto recebiam seus mimos entoados pela voz dos Gargantas de Ouro do Brasil, interpretando este encanto de canção; por sinal, esta música tem muito a ver com trajetória de vida, experiência e sabedoria das pessoas, sendo maravilhosamente bem escolhida para celebrar os condecorados pela cúpula maior da Polícia Militar.
Evidentemente que este baita encontro transcorreu de maneira muito organizada e num clima festivo. Por algumas horas, os policiais lembrados (mais de cento e vinte), um a um, foram chamados ? frente para receber, além da bonita homenagem, um montão de abraços dos organizadores. Em todo instante, naquele salão completamente tomado nenhum lance sequer passou despercebido; retratos e mais retratos da história que ora acontecia, inclusive, a linda homenagem prestada ao Cabo Antonio Vieira Machado Neto, covardemente assassinado por bandidos na cidade de Conchas durante um assalto a Banco acabou muitíssima aplaudida.
Tão logo as homenagens (que não foram poucas) se encerraram, o palco ficou por conta da dupla sertaneja que, há décadas, faz sucesso por todo o Brasil: Cacique & Pagé. Estes índios verdadeiros simplesmente arrebentaram. Por mais de duas horas cantaram dezenas de músicas do seu riquíssimo repertório, e em todas, os aplausos dos fãs acaloravam ainda mais o charmoso e aconchegante salão social, da conceituada veterana da Avenida Dom Lúcio. Era só alguém da platéia pedir sua canção preferida, que estes fenômenos da música raiz, esbanjavam simpatia e atendiam com muito carinho.
Enfim, mais um evento grandioso (em todos os sentidos) aconteceu aqui na nossa acolhedora CIDADE DOS BONS ARES E DAS BOAS ESCOLAS e, desta vez, as muitas palmas pelo sucesso alcançado vão para todos os integrantes da gloriosa Corporação da Polícia Militar, em especial ao seu Comandante Tenente Coronel Jorge Duarte Miguel, outro amante desse estilo musical (música raiz) que, nos dias atuais, infelizmente não se toca com grande frequência. O 4º ENCONTRO DE VIOLEIROS em homenagem aos veteranos da Polícia Militar do Estado de São Paulo agradou em cheio. Que venha o próximo!
Como sei que festas deste porte somente ocorrem graças ? união de pessoas e instituições parceiras, com orgulho enorme abraço todos aqueles (Associação dos Sub-Tenentes e Sargentos, Associação de Cabos e Soldados, COOPMIL, Usina Açucareira São Manoel, Restaurante Sinhô Sinhá, Primar Hotel, Serralheria do Azanha, BEEL Refrigerantes e A.A.Botucatuense) que deram sua contribuição para o sucesso deste encontro. Também é merecedor dos nossos cumprimentos os bofetenses Roberto Lima e Pedro Vieira que deram início na festa cantando músicas tradicionais. Parabéns a todos.
Parabéns, grande comandante, Tenente Coronel Jorge Duarte Miguel, pelo bonito espetáculo oferecido a todos nós que lá estivemos, e, mais ainda, pela importante e admirável maneira de valorizar os seus subordinados, especialmente os que por longos anos, deram suas vidas pelo engrandecimento cada vez maior da nossa Polícia Militar.
O meu fraternal abraço desta semana é endereçado, integralmente, aos militares aposentados (muitos deles, meus amigos, companheiros das boas causas que tento levar adiante e leitores das minhas escritas semanais) que em meio a muitos aplausos voltaram a viver com mais intensidade desde sexta-feira passada.
Queridos amigos, vocês são merecedores desse carinho; é exatamente dessa forma que nossos superiores (todos, indistintamente) deveriam agir no exercício de suas funções: valorizando e reconhecendo as qualidades da nossa gente.
Rubens de Almeida – Alemão
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