NÃO PALMEIRAS. O ADRIANO NÃO!

Rubens Almeida
NÃO PALMEIRAS. O ADRIANO NÃO! 28 março 2013

Prezado leitor, peço-lhe desculpas por opinar sobre um “acontecido” muitíssimo indigesto, aliás, mais um dentre os muitos abusos que ocorrem cotidianamente, neste Brasil Brasileiro.

Busquei inspiração (confesso, que não foi nada fácil, mesmo porque, além de ser um ferrenho componente do “Bando de Loucos” da Nação Corinthiana, ainda conheço muitos jogadores talentosos que são ignorados até por times de pouca expressão) num assunto que vem chamando a atenção de todos os esportistas brasileiros, ou seja, a possível “vinda” do jogador Adriano – aquele que a imprensa brasileira intitulou Imperador – para vestir a camisa de uma das maiores agremiações esportivas do mundo: a Sociedade Esportiva Palmeiras.

É notório que, nos últimos anos, o futebol brasileiro está num marasmo intolerável, aliás, a continuar assim, certamente perderemos a Copa do Mundo no ano que vem. Porém, também é verdade que no “mundo da bola”, o que mais fica claro para nós é a esperteza, dos tais empresários que representam os jogadores e que fazem de tudo para mostrar (ao seu modo) as qualidades de um “possível” astro do futebol, ou melhor, um talento inexistente. Isso tudo é uma brincadeira de muito mau gosto. No entanto…

Pois bem, vamos ao que interessa. Esse moço (Adriano) teve o privilégio de jogar em dois dos mais poderosos times europeus (Internationali de Milão e Roma) e até na Seleção Brasileira, por vários anos. Até aí, tudo bem, nada de novo. Eis que chegou um momento em que os dirigentes dessas duas agremiações, bem como os cartolas brasileiros, passaram a não “engolir” mais a sua peculiar rebeldia.

Daí, o seu empresário, bastante acostumado com as trapaças existentes neste “país do futebol”, voltou “pra” cá e começou um forte trabalho para demonstrar as “qualidades” profissionais do seu cliente. De cara, o CR Flamengo o abraçou investindo uma “baita” fortuna. Fato idêntico já havia ocorrido alguns anos atrás, o que motivou seu ingresso no São Paulo FC, porém, nem a bela estrutura do Tricolor Paulista conseguiu recuperá-lo.
Todavia, quis Deus, que desta vez, o time da gávea conquistasse o título nacional. Coisas inexplicáveis que só acontecem no mundo do futebol.

“Bão”, com essa conquista, a força empresarial falou mais forte ainda, tanto que, no ano seguinte, ambos (jogador e empresário), estavam de volta ? Europa para “trabalharem” numa equipe de ponta, do futebol europeu. Como na vida não há mal que perdure, essa “excursão” pela Itália que durou pouco mais de seis meses, acabou trazendo-os de volta ao futebol brasileiro.

De novo, outra aventura vitoriosa de ambos. Apareceu na caminhada desses espertalhões (o Adriano e o seu empresário), nada menos que o Sport Clube Corinthians Paulista. Claro que foi outro “chute no escuro”. O badalado astro não mostrou porque veio. Foram pouco mais de 12 meses, de uma verdadeira “batalha” trabalhista envolvendo o clube de maior torcida no Estado. O moço não treinava, não jogava, era manchete negativa quase que semanalmente em todos os veículos de comunicação (lembram-se daquele disparo acidental em que uma amiga sua acabou processada?) e só aparecia para receber os seus altíssimos salários.

Volto a dizer: como na vida não há mal que perdure, aconteceu o rompimento do contrato firmado com a agremiação do Parque São Jorge. Evidente que isso custou alguns milhões de reais, no entanto, todos no clube ficaram aliviados com a decisão.

Mais uma vez, esse “fenômeno” futebolístico, nascido nos morros do Rio de Janeiro, ficou ? mercê das “boas intenções” do seu procurador. Obviamente, as suas limitações físicas, somadas ? s peripécias que a vida noturna oferece aos moradores da “Cidade Maravilhosa”, dificultaram muito a empreitada do seu exímio administrador que, até hoje (já se passaram mais de quinze meses do rompimento do último contrato) busca “colocar” (nem que seja por alguns meses) o Imperador num grande clube brasileiro.

Gostaria que não fosse verdade, entretanto fiquei muito frustrado (mesmo não sendo palmeirense), ao ouvir numa entrevista (direto da Inglaterra) do próprio presidente palestrino (na oportunidade chefiando a delegação brasileira que realizou três jogos na Europa), que se o Imperador quiser jogar pelo seu Palmeiras ele o receberá de braços abertos.

É o fim da picada! Não bastasse a humilhação de ter que disputar a segunda divisão do campeonato brasileiro neste ano, os torcedores palmeirenses ainda terão de enfrentar mais esse dissabor! NÃO PALMEIRAS; ASSIM NÃO DÁ! O Palmeiras é grande demais para esse “peladeiro”. O futebol paulista não merece esse tipo de “profissional”! A goleada sofrida em Mirassol, quarta-feira, não será o reflexo desta aberração que está por acontecer? Acorda “porcão”!

Enfim, esta é a triste realidade vivida por um futebol pentacampeão mundial.

Dedico o meu afetuoso abraço desta semana a dois leitores especiais dos meus “contos” aqui contados; duas figuras que me acompanham bem de pertinho e que são fãs do programa matinal, produzido pelos amigos Osmar do Nascimento e Zeca Lima (Casa da Sogra), por sinal, de maior audiência da cidade, levado ao ar todos os dias pelas ondas da Clube FM: meus amigos Jaelson ”Neguinho” de Jesus dos Santos e Wagner Rodrigues, o Wawá da Secretaria Descentralização da Prefeitura Municipal de Botucatu.
Feliz Páscoa minha gente. Que Deus esteja presente em todos os lares botucatuense neste domingo mais que especial.

{n}Rubens de Almeida – Alemão
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