Que “coisa” maravilhosa! Imagino que esta será a reação de quem acompanhar até o final, esta minha manifestação de hoje em forma de artigo. Mais que uma manifestação é um orgulho enorme.
Primeiramente, porque neste Brasil injusto em quase todos os aspectos; onde a política é muito mais partidária do que efetivamente equação para suprir as necessidades do povo e que, podemos dizer, pelo “andar da carruagem” sempre será visto que tudo só retrocede e quase nada é feito de bom, por exemplo, para melhorar o caos da saúde, direito fundamental que obrigatoriamente por força de lei deveria ser prioridade. Essa obrigação, infelizmente é ignorada pelos nossos governantes, aos cidadãos que adoecem e precisam de tratamento; o descaso é geral, e não importa onde você reside, seja aqui, ali ou acolá, a precariedade é sem limites e precedentes.
Mesmo com esse estúpido projeto do governo federal chamado “Mais Médicos”, em plena vigência, quando alguém adoece e precisa se deslocar (em nome dessas injustiças citadas) de sua cidade para realizar qualquer tipo de tratamento de saúde, em outra localidade, “o bicho vai pegar”; a desordem é geral.
Parece até que quem fica doente faz opção por viver essa triste situação, tal a maneira como são tratadas em todos os lugares. Longe de mim, querer imaginar que aqui no nosso Hospital das Clínicas é tudo perfeito e não enfrentamos dissabores dos mais variados nesse sentido; tenho a consciência de que neste grandioso complexo hospitalar também existem abusos e desrespeitos, no entanto, numa escala bem pequena, longe, bem longe do que se vê em todos os cantos desse país norteado por picaretas insensíveis.
Por isso não há como deixar de enaltecer, que aqui na nossa hospitaleira e solidária “CIDADE DOS BONS ARES E DAS BOAS ESCOLAS”, mais precisamente no Hospital das Clínicas da UNESP, nossos irmãos que vem de fora, em busca de tratamento, pelo menos encontram uma receptividade que todo ser humano merece, especialmente nesses momentos tão delicados.
A maior prova do que estou “dizendo” é o tratamento humanitário dispensado pela FAMESP (Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar) a todos aqueles que vêm ao nosso HC buscar saídas para os seus problemas de saúde. Há exatos nove anos a Fundação que ampara essa monumental “Casa de Saúde” da região, coloca à disposição de uma imensidão de pacientes, nada menos do que quatro Casas de Apoio.
Você, caro leitor, pode perguntar: o que isso significa para a sociedade como um todo, nos dias atuais? Talvez, diante de toda essa “insensibilidade” humana vivenciada por grande parte da população brasileira, será difícil responder. Contudo, se este questionamento “cair no colo” de quem já utilizou esse benefício, certamente as glórias serão citadas com muita força.
Com certeza, para quem sai da sua casa e, sequer tem esperanças de um dia, voltar curado à sua terra natal, ter um respaldo do nível oferecido por essas casas de apoio é algo bastante expressivo e “pra” lá de necessário. Sem dúvida alguma, esse carinho dispensado, além de amenizar, um pouco, o sofrimento das pessoas enfermas, ainda pode contribuir na recuperação daquele irmão que esteve a princípio, “sem chão”.
Essa maravilha começou a funcionar no ano de 2006. Na oportunidade foi criada uma unidade que visava tão somente receber pacientes oncológicos de outras cidades. Uma estrutura foi montada com capacidade para recepcionar 44 pacientes e seus acompanhantes. Hoje, passados nove anos, do lançamento desse maravilhoso programa do bem, existem, nada menos, do que quatro abrigos, nas imediações do Hospital que acolhem, diariamente, pouco mais de cem pessoas.
Além da “casa”, construída lá atrás, que abriga pacientes oncológicos, existe mais uma que recebe crianças, pacientes do ambulatório de Oncologia Infantil; outra que abraça mãezinhas que dão à luz bebês prematuros e, por fim, uma que é a salvação daquelas pessoas que fazem um determinado tipo de Hemodiálise e não possuem em suas residências um local adequado para esse procedimento. Isto é ou não fantástico?
Claro que se trata de um programa que deveria fazer parte de todas as instituições de saúde do país, no entanto, para determinados “homens públicos” que fazem parte desse verdadeiro “entulho” com o qual, está sendo transformada a classe política brasileira, nada disso vale a pena. Por sinal, tive o cuidado de projetar durante a estada do Doutor Arthur Chioro, ao nosso hospital (com anuência da sua assessoria), uma visita do atual Ministro da Saúde nesses empreendimentos, o que só não ocorreu pelo fato de alguns desses “engomadinhos” travestidos de políticos aqui da terrinha, terem programado uma reunião política que até agora ninguém soube da real “importância”.
Deixando esses percalços de lado, até porque, a vida tem que seguir, quero parabenizar todos os dirigentes da FAMESP, por caminharem contra essa corrente maldita (onde ninguém faz nada “pra” ninguém) que virou mania nos quatro cantos deste Brasil Brasileiro, em especial o seu Diretor Presidente, Professor Doutor Pasqual Barretti (um ser humano que dispensa comentários quando o assunto é bem servir), pela beleza desse empreendimento que, sem dúvida alguma é de extrema valia a todos os pacientes que se tratam no nosso Hospital das Clínicas.
Como um dos funcionários mais antigos da Instituição UNESP, afinal, estou perto de completar 47 anos de serviços prestados à nossa eterna “faculdade” e, mais ainda, por ser responsável pelo cuidado (com tudo) que a Fundação dispensa para oferecer um serviço de qualidade a todos os usuários dessas “casas”, cumprimento e abraço carinhosamente, um a um, todos os meus colegas, muito particularmente a minha companheira Solange de Moraes, eterna Assistente Social das “causas” do bem, que nesses anos todos têm acolhido gente do Brasil inteiro nesses “lares” encantadores chamados “Casas de Apoio”. Parabéns, queridos amigos e amigas.
De maneira bastante carinhosa abraço, nesta semana, três leitores especiais dos meus “causos” aqui contados que, para a minha satisfação, me fazem companhia em tudo o que tento realizar, juntamente com outras pessoas, por um mundo melhor para todos: meu irmão Romildo Perez, um churrasqueiro de primeira linha que, por um descuido imperdoável, deixei de citá-lo na homenagem prestada aos amigos Francisco Cezar e Azor de Paula e os amigos Professores Hamilton da Rosa Pereira e José Roberto Fioretto.
Rubens de Almeida – Alemão
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