Bastante chamativo o título deste “conto” né? Pois bem, esta foi a chamada da página ofertada a nossa gente pelo meu particular amigo Rodrigo Amat Scala, na sua brilhante coluna GENTE QUE BRILHA do último dia 31 de maio. Na oportunidade esse grande ser humano, um jornalista de primeira linha que enobrece todos “nóis”, seus colegas do “Diário da Serra”, teve a coragem e a ousadia de visitar, a convite do nosso Diretor Pedro Manhães, um acampamento (dentre os inúmeros que existem por este Brasil afora) onde se estampa, com muita facilidade, o esse triste quadro de pobreza e miséria que assola todo o nosso país.
Muita gente adorou o trabalho realizado por este baluarte das colunas sociais da cidade (graças a Deus eu fui mais um!), porém, pra não fugir à regra algumas figuras “expressivas” da terrinha (duas ou três, não mais que isso) questionaram o porquê dessa idéia de colocar “gente sem expressão” numa coluna tão badalada como esta.
Assim caminha a humanidade! Não bastasse conviver com essa maldita injustiça social que norteia um “montão” de famílias, não só aqui na “CIDADE DOS BONS ARES E DAS BOAS ESCOLAS”, mas nos quatro cantos da Nação Brasileira – aliás, uma “baita” moeda de troca na hora de eleger um desses muitos picaretas ladrões que galgam o Poder e não largam da “teta” do governo por nada -agora, damos de frente com uma barbaridade dessas. Você está certo, meu irmão: “… família é família; não importa onde mora. Família é, e sempre será a maior felicidade de quem tem uma…”! Deixa essas pessoas mesquinhas que falem. Aquela sua página dedicada a esses irmãos e irmãs injustiçados “chacoalhou” toda a nossa querida Botucatu. A maioria absoluta dos seus leitores e admiradores bateu muitas palmas por conta da sua brilhante iniciativa.
“Bão”, quem pensou que esse “menino que todo mundo gosta” – por sinal uma “marca” que calhou bem pra ele – que ainda não havia se deparado com quadros de pobreza e miséria tão tristes como os sentidos e fotografados na referida visita, parou por aí, se enganou. Essa mais nova preciosidade do “mundo da solidariedade” do nosso município, impressionado com tudo o que viu na sua visita àquele acampamento, tão logo editou as suas duas páginas, correu atrás de sensibilizar parceiros que pudessem “fazer a diferença” ajudando-o nesta sua nova “empreitada”, que é sempre bom dizer: É FEITA COM O CORAÇÃO, SEM NENHUM VESTÍGIO POLÍTICO.
No dia seguinte à publicação, muitos dos seus leitores – a cabeleireira Nercy de Oliveira foi a primeira – vieram ao seu encontro. Clientes dessa profissional que também “curti” muito esse jeitinho gostoso de viver para o próximo a procuraram se oferecendo para levar alimentos, roupas, enfim, um pouco de fôlego àquelas famílias. Que belo gesto de generosidade!
Soube também que muita gente, especialmente, moradores do Distrito de Rubião Junior, também levaram colchões, fogões, cobertores, roupas e outros móveis e utensílios àqueles nossos irmãos que lutam arduamente para sobreviverem. Meus amigos Anderson Moreno e Carlinhos Gamela, integrantes do Grupo de Amigos Voluntários, também estiveram por lá levando 60 cobertores que sobraram da última “Campanha dos Cobertores”, realizada na Rádio Municipalista.
Então querido irmão, esqueça o dissabor que lhe causou indignação com uma ou outra colocação mal feita em relação ao seu contentamento por ter a coragem de mostrar a sociedade botucatuense o tamanho da distância que existe entre um e outro filho de Deus aqui na acolhedora e solidária Botucatu. Talvez você não tenha atingido, por completo, o seu objetivo como cristão, mas, com certeza, deu uma “baita” largada rumo a uma consolidação bastante efetiva desse seu intento. Parabéns, pelo belo ato, grandioso cidadão botucatuense!
Confesso que, nesses anos todos, em que visto a camisa da solidariedade, vivenciei todo tipo de situações desumanas envolvendo famílias e famílias, porém não havia ainda me deparado com um quadro tão angustiante como o que vivencie na visita que também fiz aquele aglomerado de GENTE. Conheci ao longo desse meu trilhar pelo mundo da miséria, da fome e do frio, milhares de barracos com piso de terra, no entanto jamais tinha adentrado em um que era todinho recheado de lama. Que tristeza!
Peço licença a esse grande “menino de ouro” para abrir o meu coração e também fazer o meu apelo a quem quiser participar desta bonita corrente do bem ajudando com doações. Temos uma equipe que vai buscar o que o seu coração achar por bem, seja endereçado àquelas famílias. Fale com a gente 14 99631 6516 – Alemão. Por lá falta de tudo, principalmente leite (existem muitas crianças) e alimentos básicos.
Meu fraternal abraço desta semana é endereçado, exclusivamente a uma pessoa especial aqui da terrinha, aliás, uma assinante antiga do nosso “Diário da Serra”: a queridíssima senhora Maria Helena Gomes Montanha.
Essa simpática leitora dos meus “causos” aqui contados, infelizmente amargou momentos de desespero nos últimos dias. A família Gomes Montanha, uma das famílias botucatuenses mais solidárias perdeu, quarta feira (07/06), mais um dos seus herdeiros, o também meu amigo Paulo Roberto Gomes Ferreira, que faleceu prematuramente no estado de Goiás, quarta feira. Meus sentimentos a todos os familiares.
Rubens de Almeida – Alemão
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