É, prezado leitor, a vida é mesmo inexplicável, misteriosa demais; quando menos se espera, lá vem mais uma dessas trombadas que deixam o nosso coração totalmente esfacelado.
Confesso que gostaria de mostrar nesta coluna muitas coisas boas que ocorreram na cidade na semana passada (o maravilhoso encontro de pessoas do bem que se realizou no Ginásio da Ferroviária, no domingo, por exemplo) e não relatar o que estou sentindo desde que recebi a notícia da partida, para o outro mundo, de uma pessoa com quem convivi harmoniosamente por 45 anos, dentro da nossa Faculdade: o Professor Emérito da Instituição UNESP, Domingos Alves Meira.
Quem diria que depois de mais de uma semana sem sol, iríamos receber uma triste notícia como esta? Mais uma vez, a sociedade botucatuense está de luto. A morte de um dos seus filhos mais ilustres entristeceu, não só a comunidade unespiana como todos os botucatuenses.
Eu que, lá atrás, no final da década de 60, tive o orgulho de ser mais um dos seus muitos subordinados, também estou ? mercê da imensa dor que nos marca implacavelmente nesses tristes momentos. Aliás, sempre que um amigo nos deixa para ir morar no céu, ao lado do Senhor, vem ? minha mente um trecho de uma baita música da dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano (Foi) que diz: … como a vida vai sem se despedir; só pra ver ficar, quem deixou de ir….
Que sexta-feira amarga! Como foi difícil (para todos nós) despedir de um amigo do quilate do grande Doutor Meira! Como a angústia castigou todos os seus amigos e familiares que estiveram, por algumas horas, no Hospital Dia; muito triste aceitar que um amigo que ocupou todos os cargos dentro do nosso Campus Universitário, coordenando e administrando inúmeras das suas unidades, nos deixasse para sempre! Que tristeza saber que não mais serei chamado de Rubens Alemão por um amigo que me orientou muito na minha juventude e que, ultimamente, mostrava-se orgulhoso com os meus comprometimentos dentro e fora da UNESP.
Enfim, a vida é mesmo assim: sabemos que hoje estamos aqui, amanhã a trilha a percorrer é desconhecida e o futuro, um lugar escuro. Quis o Senhor que a vitoriosa caminhada do mestre Meira chegasse ao seu final e que a sua partida acontecesse de uma das muitas maravilhas que consolidaram a sua estada por este mundo passageiro: o HOSPITAL DIA.
Até qualquer dia, querido amigo e talentoso mestre. Que o Todo Poderoso o receba com todas as honras que um grande orientador faz jus. Que Ele também proporcione aos seus familiares (muito especialmente a sua outra metade, a nossa querida amiga Doutora Jussara) e amigos, a proteção necessária para que superem a triste dor da sua partida.
Amarguras ? parte, até porque a vida tem que continuar. De maneira bastante afetuosa, envio o meu abraço desta semana a um ser humano maravilhoso, bem acima da média (Geraldo Francisco Filho) que na organização da festa de mais um ano de união conjugal dos seus pais, o lindo casal de amigos, Geraldo Francisco e Maria de Lourdes Tamburo Francisco, juntou os seus familiares para uma corrente de solidariedade.
Esse jovem exemplar sugeriu aos convidados que presenteassem seus pais com pacotes de fraldas que, seriam destinadas ? sociedade carente do município. Quis Deus que nóis, componentes do Grupo de Amigos Voluntários, fôssemos os escolhidos para a distribuição desses donativos.
Parabéns pelo gesto de grandeza e bondade querido Geraldinho. Parabéns seu Geraldo e Dona Maria de Lourdes, por mais um ano de alegrias ao lado dessa família maravilhosa. Que o Dono do Universo continue abençoando a todos.
Com o mesmo carinho abraço outros dois ilustres leitores dos meus contos aqui nesta coluna, com os quais troquei figurinhas na festa de aniversário do Professor Pasqual Barretti: os Doutores, Fausto Viterbo e Alexandre Baconi Neto, ambos, meus amigos de longa data. Obrigado pelas lindas palavras a mim direcionadas, caros mestres.
{n}Rubens de Almeida – Alemão
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