Querido leitor, graças a Deus que a proteção divina tem sido grande, afinal, no mês passado, com muita devoção, participamos das mais variadas festividades em comemoração a três Santos Padroeiros de muitos brasileiros: São João, São Pedro e Santo Antonio, senão seria difícil demais tolerar todas as barbaridades que nos são enfiadas goela abaixo (transmitidas pelos meios de comunicação em forma de notícia) diariamente.
Só na última semana, duas vergonhosas notícias chacoalharam os bastidores da imprensa brasileira. Claro que aquela babaquice do tal de Galvão Bueno que, com aval de outro apresentador global, Fausto Silva, num programa de entrevistas disse que o ex-jogador Casagrande, também comentarista esportivo da emissora carioca, é um exemplo de superação, sequer chegou a ser notado por quem acompanha os noticiários, senão… .
A primeira bomba anunciada – que, inclusive, foi manchete em capas de todos os jornais de grande circulação do nosso Estado, no sábado que passou – dava conta de que o Senhor Procurador Geral da República, Roberto Gurgel pediu a prisão de 36 pessoas ligadas, diretamente, ao bem avaliado governo do Ex-Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
Quem não se lembra do famoso (imaginário para muitos companheiros) mensalão, aquele que o nosso respeitado Ex-Presidente da República disse desconhecer? Só que, coincidentemente, o patriarca desse abuso (o Ex-Ministro, Chefe da Casa Civil, José Dirceu) acabou tendo os seus direitos políticos cassados por algum tempo.
Depois, na noite de domingo, os profissionais de um outro canal de destaque, no quesito audiência, a TV RECORD, do todo poderoso, Bispo Edir Macedo, descobriu que o Presidente da CBF – Confederação Brasileira de Futebol – Ricardo Teixeira é trapaceiro de altíssimo nível. Denúncias gravíssimas foram levadas ao ar, por mais de uma hora, numa baita reportagem, na telinha daquela emissora. O pior disso tudo é que ninguém da CBF questionou nada. Será que a lei de imprensa não foi respeitada ou o dono da CBF vai esperar a poeira baixar e utilizar os mesmos mecanismos que são frequentes no Palácio dos Três Poderes para se defender? Quanta estupidez! Como é nojento ocupar cargos elevados em instâncias nobres deste país de poderosos! Nego-me a opinar sobre as tais façanhas denunciadas envolvendo o Presidente Ricardo Teixeira.
Tudo isso é muito triste. Em qualquer país sério, esses fatos seriam punidos com veemência, no entanto, aqui, neste lindo Brasil (tocado por meia dúzia de picaretas), certamente, nada de anormal acontecerá.
Mais lamentável ainda foi assistir nesses mesmos canais televisivos algumas reportagens feitas com moradores de rua da capital paulista, numa das noites mais frias do ano. Foi doloroso demais saber que neste país rico como o nosso ainda nos deparamos com irmãos que padecem da dor do frio. Mais triste ainda foi ver aqueles pais e mães (brasileiros como eu e você) mostrados na reportagem, tentando, a todo custo, buscar saídas para que, pelo menos, os seus filhos não sentissem o difícil amargor de uma baixa temperatura.
Como disse no início desta manifestação, ainda bem que estamos vivendo um período que nos proporciona, entre outras coisas, a oportunidade de vivenciar momentos de paz e inocência com as festas juninas e julinas; entretanto, posso assegurar que a minha vontade maior era a de esconder toda a frustração que senti e que me acompanhou quando, perplexo, assisti os noticiários, porém, como qualquer brasileiro, confesso que, aguardo um desenrolar justo (nos dois episódios), com punição severa a quem faz por merecer.
Pois bem, deixando esses dissabores de lado, e voltando ao assunto inicial, com muita satisfação, vou contar um pouquinho de uma das muitas FESTAS JUNINAS e JULINAS de que participei: a festa realizada na sede de um lugar especialíssimo na nossa cidade: a FAMESP – Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar.
Como ocorre nestas festanças, na da FAMESP não foi nada diferente. Um som típico, trajes a caráter, muita pipoca, algodão doce, amendoim, doce de batata, de abobora (nada de quentão e vinho quente) e até uma dança de quadrilha fizeram, ao longo do dia, a alegria, não só dos organizadores, mas de toda a comunidade de funcionários que participaram ativamente das maravilhas oferecidas pelo setor de RH desta brilhante Instituição de amparo e desenvolvimento do nosso HC.
Aliás, esse verdadeiro encontro festivo de servidores (de todos os setores e das mais variadas categorias profissionais) realizado num palco que acabava de receber ilustres autoridades, para outra festividade importante se transformou num autêntico arraiá. Quem lá esteve, pôde curtir muito, muito mesmo uma autêntica Festa Julina.
Meu carinhoso abraço desta semana é ofertado, especialmente, a uma pessoa admirável (este sim um exemplo de superação) que, há algum tempo está hospedado na nossa Casa de Apoio ao Paciente Oncológico para recuperar, o mais rapidamente possível, a sua saúde e que já faz parte da minha riquíssima galeria de amigos: Manuel Rodrigues Furtado, o moço de Palmital.
Rubens de Almeida – Alemão
[email protected]