Que barbaridade! Que vidinha danada! Em menos de uma semana o povo brasileiro perdeu dois dos seus maiores expoentes da música sertaneja. Primeiramente foi o imortal Zé Rico, da fantástica dupla sertaneja “Milionário & Zé Rico”; agora, em menos de uma semana deste triste episódio, que levou para sempre o meu irmão “Zum” (como era carinhosamente chamado pelos seus amigos mais próximos), o mundo da música “caipira” ficou ainda mais enfraquecido com o falecimento da “Musa Sertaneja” Inezita Barroso, ocorrido na noite de um domingo fatídico (08/03), em que a nossa Presidente da República deu um “tiro no próprio pé” com um pronunciamento grotesco e “pra” lá de infeliz, direcionado à nossa gente.
Parece até que eu estava adivinhando que outras fatalidades aconteceriam, visto que no meu último texto, escrito para esta coluna afirmei: "… hoje perdemos o Zé Rico; amanhã, certamente outra celebridade nos deixará, pois a vida é mesmo assim…”, só não poderia imaginar que esse amanhã seria tão próximo. DE NOVO O BRASIL ESTÁ DE LUTO. Para consolar, como diz semanalmente o grande apresentador Chico Pinheiro, no final de um programa jornalístico da Rede Globo de Televisão,: “… é vida que segue…”!
Infelizmente, perdemos uma das referências da música raiz e, mais ainda, uma das maiores cantoras, compositoras e apresentadoras de programas de auditório da televisão brasileira. Quem, da chamada “velha guarda”, ou até mesmo algum jovem, não ouviu esta moda folclórica e cheia de alegria, “A MARVADA PINGA”, gravada nos anos 50 e eternizada na voz desta “baita” cantora e que por diversos anos foi sucesso em todo o país?
Quem, de gerações passadas, não se lembra de ter ouvido essa mesma musa interpretar, com muito brilhantismo, melodias como “Tristeza do Jeca”, ”Saudades de Matão”, “Lampião de Gás”, “Luar do Sertão”, “Menino da Porteira”, “Chico Mineiro” e outras tantas, cujos compositores (Tonico, da dupla cinquentenária, Tonico & Tinoco; Raul Torres; Antenor Serra, o nosso Serrinha e Angelino de Oliveira) também registraram seus nomes na história de Botucatu?
Claro que, muita gente da terrinha está triste (os meus grandes amigos José Maria Leonel, Chico Murça, Reinaldo Piozi, Rivaldo “Maninho” Coruli – seu eterno Produtor – os moços Ramiro Viola e Pardini, e o avareense Nicanor de Camargo, por exemplo) com o acontecido, afinal em seus 90 anos de vida (completados há alguns dias) e pouco mais de setenta como artistas (iniciou a sua brilhante trajetória, igualzinho a muitos talentos da música sertaneja, ou seja, cantando em circos), ela esteve um “punhado” de vezes em Botucatu, tendo sido, inclusive, presenteada pelo então vereador, Professor Antonio Luiz Caldas Junior, com o Título de “Cidadã Botucatuense” e, além disso, uma quantidade enorme de “botucudos” (me incluo nesse time) teve a grata satisfação de assistir os seus programas, ao vivo, no Teatro Franco Zampari, da TV Cultura, em São Paulo.
Esta nossa vida é, de fato, muito misteriosa; ninguém de nós (ninguém mesmo) consegue a famosa “cadeira cativa” por aqui. Lamentavelmente, chegou a vez da “vovó” de todos os sertanejos encerrar também sua jornada por este mundinho que, nunca tive dúvidas, tem tudo para ser mais alegre e festivo e não injusto e repleto de fome e miséria, já que ninguém sai ileso no fim – por sinal, nos dias atuais, muito pior de se viver com essas ondas de descasos com o dinheiro público, roubos e corrupção. Enfim, Deus quis assim e pronto. Descanse em paz, CIDADÃ BOTUCATUENSE, Inezita Barroso. Continue fazendo por lá, a alegria de todos aqueles que o admiraram durante a sua estada por aqui.
“DRAGÕES DA VILA”: UMA NOITE INESQUECÍVEL!
Já que Deus me propiciou a chance de prestar a minha homenagem a essa lenda da música brasileira, a imortal Inezita Barroso, que foi cantar no céu, nada melhor do que continuar o meu “causo” desta semana falando de canções inesquecíveis.
Pois bem, você que está me acompanhando, por acaso se lembra de muitas maravilhas (Metamorfose Ambulante; Guita; Medo da chuva; O dia em que a terra parou: Eu nasci há dez mil anos atrás; Maluco Beleza, entre outras) que eram tocadas por todo o Brasil nos anos 80 e desde a morte do fenômeno Raul Seixas (“dono” de todas as letras), em agosto de 1989, ainda continuam sendo sucesso entre os amantes de uma boa canção?
Então, como sou um apaixonado por coisas que alegram a minha alma e um possuidor de muita sorte, fui mais um componente de uma família grandiosa agraciada com uma noite encantadora e cheia de saudosismo, sábado passado, lá no salão social do simpático clube Associação Recreativa “Dragões da Vila”. Mais de trezentas pessoas lotaram, por completo, aquele aconchegante espaço de lazer, para ouvir um TRIBUTO A RAUL SEIXAS.
Por mais de três horas um “montão” de saudosistas, muitos (mais muitos mesmos) leitores dos meus “contos” e amigos inseparáveis (Doutor Odair Michelim, Luiz Pereira, Caco Colenci, Zezo de Oliveira, Edinei da Costa Carreira, Antonio de Pádua “Tuco” Heliodoro, Zulo Coelho Gomes, Osvaldo Ribeiro, Edgar Paim, Nilceu Giacóia, João Roberto Diogo, Nelsinho Antonio Lopes, Paulinho Capelupi, Romualdo Pinton, Antonio Cecílio Junior, Nilton José Leão, Otavio Augusto S. Ferreira e muitos outros) com suas eternas namoradas, relembraram todas essas belezuras” musicais que, graças a Deus, ficaram gravadas em nossos corações. Senti a falta da presença do meu “mano” Eloi Pereira, mais um integrante da bela equipe do amigo Juninho, da Cine Vídeo Locadora. A noite foi memorável. Aliás, quero agradecer – brincadeiras dos garçons à parte – os responsáveis pelo atendimento ao meu pedido, afinal, foram servidas muitas “redondinhas” ao longo da noite. Confesso que gostei grande Peixinho. Se Deus quiser, serei um assíduo frequentador dos eventos realizados por lá.
Passada a apresentação do Cover Raul Seixas, a animação da festança ficou a cargo da Banda Rádio Vitrola que, mesmo “americanizando” um pouco aqueles tempos (os anos 80) voltou a “chacoalhar” os convidados. A dançarina tomou conta do recinto por mais algumas horas.
Outro ponto extremamente positivo desta grande promoção dos “Dragões da Vila” se deu por conta da presença de inúmeros colegas da mídia local que, de maneira bastante alegre se “atreveram” a participar (mesmo trabalhando) deste evento magistral. Muitos jornalistas, principalmente fotógrafos (Rodrigo Amat Scala, Cidinha Forti, Rosely Sersosimo, Márcia Paim) deram um brilho ainda mais grandioso à noite. Não faltaram retratos para a posteridade. Algo impressionante.
Parabéns, amigos deste clube “classe A” da nossa hospitaleira Botucatu chamado Associação Recreativa “Dragões da Vila”, por oferecer uma noite tão incrível aos seus associados e convidados. Parabéns, querido amigo Juninho Cecílio e demais diretores pela elegância com que recepcionaram os seus convidados.
Por fim, quero abraçar carinhosamente duas figuras especiais da sociedade botucatuense que festejaram, nos últimos dias, mais um aniversário de vida: meus amigos Marquinhos Zaneti, o “craque de bola” da RESIPLAN (02/03) e a querida colega do Grupo de Amigos Voluntários, lá do populoso Distrito de Vitoriana, Ondina Silvia Cotrin, que festejou no Dia Internacional da Mulher, ao lado de muita gente amiga, os seus 18 aninhos de uma vida bem vivida.
Com o mesmo carinho abraço outros dois amigos e leitores dos meus “causos” aqui contados: Nilton Gomes da Silva, um dos profissionais mais respeitados da Polícia Civil botucatuense e o renomado gastro cirurgião Doutor Luis Antonio Craveiro. Esse grande expoente do atendimento médico da cidade continua esbanjando atenção e simpatia aos seus pacientes. Querido “Veio”, orgulho-me em dizer que sou seu amigo.
Rubens de Almeida – Alemão
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