Bem amigos, a bem da verdade, estamos certos de que somos, de fato, um povo bastante exigente. E que antes de qualquer coisa, muitas vezes, só sabemos criticar e reclamar (e viva a liberdade de expressão), afinal vivemos em um Estado Democrático de Direito.
Assim sendo, não raramente cobramos demais daqueles que têm a missão de trabalhar por nós (uns efetivamente trabalham, muitos realmente, não) e que são responsáveis pela administração do patrimônio público. Em determinadas situações, não temos acesso ? complexidade de toda a estrutura, as dificuldades, a burocracia da máquina administrativa, aos percalços, enfim, estamos tão acostumados com a picaretagem, que julgamos todos como se fossem farinha do mesmo saco.
Confesso que sempre preferi ocupar-me em narrar fatos agradáveis, mas nesta semana, fui cobrado por mim mesmo e resolvi também participar da famosa Farra do Caqui – frase dita, com frequência, pelo amigo Romildo Peres – criticando e reclamando, afinal, desabafar e repudiar esses descasos é o menor dever que tenho, sobretudo, por ocupar um espaço privilegiado como este.
Desta forma, hoje optei por questionar, ou melhor, tentar entender algumas anormalidades que ocorreram na importante melhoria oferecida ? nossa principal via de acesso ao campus de Rubião Junior (a Rodovia Domingos Sartori), no último mês.
Claro que a referida rodovia, depois de todo investimento, ficou melhor do que estava, entretanto, na visão deste munícipe – que, graças a Deus, há muitos anos, perambula por ela, duas vezes por dia, de segunda a segunda – algo bem melhor poderia ter sido empreendido aos usuários deste trecho, cujo fluxo é de milhares de veículos todos os dias da semana.
Volto a dizer que tivemos sim, uma melhora considerável em quase todo o trajeto que nos leva ao nosso trabalho cotidiano, contudo, não tenho como deixar de questionar – até como forma de representar outros usuários – algumas gafes cometidas pela concessionária que tem a missão de restaurar por completo toda a extensão da rodovia e não o fez corretamente, senão vejamos.
Como explicar o início da rodovia distar (conforme placa de sinalização) mais de trezentos metros do seu real começo, afinal ela não começa na lateral da linha férrea? Como entender que o trevo da mesma que, por sinal, faz a junção com outra importante via (a João Butignoli) não receber o mesmo tratamento?
Como justificar a continuidade das placas que indicavam, por exemplo, o estreitamento da pista nas proximidades da entrada do Jardim Tropical (aliás, nunca entendi o porquê daquele tal estreitamento), depois de mais de quinze dias de conclusão das obras – pelo menos, não se vê mais nenhum equipamento ao longo do percurso?
O que justifica uma placa que mostra a existência de uma rotatória (do belo Parque das Cascatas) permanecer jogada no chão ? s margens da pista?
E o esquecimento da manutenção e limpeza do canteiro central? Não gostaria de cobrar uma atenção maior para o acostamento (nos dois sentidos), todavia, se fosse consultado, com certeza, diria que já presenciei muitos acidentes, resultado da inexistência de um acostamento seguro. Com um acostamento adequado, certamente, muitas vidas seriam salvas.
E a entrada do Jardim Tropical que, inclusive, abriga um dos maiores e mais modernos Salões de Festas da cidade (o aconchegante espaço para festas sofisticadas Luz Tropical), vários campos de futebol com grama sintética e um bom e convidativo barzinho de propriedade da amiga Renata Cury, por que está esquecida daquela maneira? Sem comentários!
Por fim, acreditem, refizeram toda a pintura do solo, até mesmo nos trechos não recapeados. Isso pra mim é um absurdo: é o mesmo que se vestir impecavelmente sem, ao menos, ter tomado banho.
É, minha gente, realmente somos muito exigentes e devemos ser sim, afinal os impostos excessivos têm de servir para alguma coisa. Fatalmente somos enganados a todo tempo. Coisas de um país totalmente desorganizado.
Em tempo, já que o momento sugere o despertar do senso crítico, mais outra coisa estúpida vem castigando os olhos de toda a comunidade unespiana e, principalmente, dos moradores do populoso Distrito de Rubião Junior. Há quase quatro meses a força da natureza derrubou parte do muro que delimita as áreas que pertencem ao campus da Unesp, divisa com a vicinal Raimundo Puty. Até hoje, nada de reconstruír o que as fortes chuvas, da noite de 15 de janeiro, desmoronaram. Isto é ou não uma afronta?
Com certeza, exercerei a cidadania mostrando aos meus amigos da Administração Geral do Campus (todos, comprometidos com o bem geral), bem como ao grande boleiro dos bons, Paulo Renato da Silva, Coordenador da Defesa Civil, os riscos que os pedestres correm ao transitarem naquele local.
Enfim, com as graças DELE, alguma coisa boa continua sendo feita pelo bem da nossa população. Queira ou não, a nossa ida para a faculdade melhorou um pouquinho. Evidentemente que poderia ter sido muito melhor, no entanto…
Meu fraternal abraço desta semana é endereçado a dois leitores especiais dos meus causos aqui contados: meu amigo Benedito Henrique e a maravilhosa companheira de estrada, Laide Cassemiro Cerne, uma das mais atuantes telefonistas da saudosa FCMBB – Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu.
Com um carinho um tanto maior, envio o meu afetuoso abraço a todas as mães do mundo, muito especialmente, a minha saudosa genitora, Dona Tereza de Almeida, que hoje mora no céu.
{n}Rubens de Almeida – Alemão
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