Como é bom recordar um dia do mês de março de 2012 em que fui convidado pelo menino Mauro Henrique Dias, o Mágico de Deus, para ser seu parceiro na execução de um programa de prevenção contra as DROGAS nas escolas municipais. Achei muito interessante, sobretudo por estar, na época, presidente do Fundo Social dos Servidores da FM, HC e FAMESP e trombar, todos os dias, com as mais tristes situações sobre o tema.
Este projeto consistia em orientar as crianças, alunos das escolas da rede pública do nosso município, da importância de não se aproximar desse mundo maldito que, na maciça maioria das vezes, não tem volta; e tinha como meta principal, a execução de palestras combinadas com shows de mágicas, em todas as escolas da cidade.
Por sinal, estudos científicos apontam que trabalhos de conscientização executados de maneira lúdica, como este, transformam-se em ensinamento efetivo. O atrativo da magia faz a criançada absorver, com menos dificuldades e positivamente a mensagem.
Eu tinha duas missões a cumprir nessa cumplicidade: a primeira era arrumar um patrocinador de peso que desse suporte financeiro para o projeto virar realidade. De cara, sentei com o Diretor Presidente da FAMESP, Doutor Pasqual Barretti e, em apenas uma vez o problema estava resolvido. Com certeza, hoje a FAMESP se orgulha de ser cúmplice de um projeto dessa grandeza.
Já a segunda, cobrava-me a criação de um nome de impacto para o referido intento. É, minha gente, quando a causa é do bem, nada é difícil e muito menos impossível. Confesso que em poucos minutos Deus me ofertou inspiração suficiente e fez nascer a linda frase: A MELHOR SAÍDA É NÃO ENTRAR! Glória!
Bão, o tempo foi passando e o projeto se consolidando. Claro que, não podemos esquecer que, paralelamente a ele, o pessoal da gloriosa Corporação da Polícia Militar do 12º BPM I, também, com muito sucesso, desenvolvia (e continua desenvolvendo) o brilhante Programa Educacional de Resistência as Drogas – PROERD. E, mais ainda, que ao longo desse tempo todo, teve gente grande que abraçou esse desafio: um deles foi o então Diretor Regional de Ensino, Professor Valdir Paixão. Esse moço não só abriu as portas das escolas públicas do município, como cobrou o mesmo dos dirigentes das cidades da região. Parabéns, querido amigo Professor Paixão. Pena que a equipe da Secretaria de Educação do governo do meu amigo Marquinhos Monti, ainda não entendeu a nossa mensagem!
Até aí, tudo bem, até porque o projeto vai de vento em popa e num crescente admirável; aliás, que bom saber que alguém atenta para a gravidade de um quadro que vem aterrorizando muitas e muitas famílias brasileiras.
Entretanto, na minha modestíssima opinião, quem deveria esboçar programas e mais programas voltados para a contenção dessa desordem sem limites (os nossos governantes), não estão nem aí, ao contrário, estão incentivando, com projetos politiqueiros e inoportunos, os usuários de drogas a levarem adiante essa triste sina. Prevenção? Que nada! Não é mesmo isso que está acontecendo na maior metrópole brasileira, a cidade de São Paulo? Lá, o abuso é ainda maior, já instituíram até a bolsa droga; por lá tem usuário ganhando uns trocados do governo municipal, com isso, o traficante continua dando as cartas e mandando em tudo e em todos por esse Brasil afora.
A maior prova disso são os noticiários televisivos que, dia após dia, mostram cenas lamentáveis envolvendo traficantes e policiais, especialmente, no estado do Rio de Janeiro. O que é isso? Até quando essas aberrações continuarão? E o Governo Federal quando vai dar um basta nisso tudo? Tenho a sensação de que esse pessoal que nos representa lá em Brasília (salvo raríssimas exceções) não tem interesse em fazer leis que acabem com essa baderna, ou, no mínimo, também são usuários de drogas ou se beneficiam do caos.
Graças a Deus, aqui na nossa hospitaleira e acolhedora Botucatu, a coisa é mais em baixo. Bandido é tratado como bandido e traficante também não vem tendo espaço.
Obviamente que as preocupações demonstradas pelo competente Delegado da DISE, Doutor Paulo Buchignani, um baita entendedor desse assunto – e que conta em seu time, com profissionais bastante qualificados – numa reportagem concedida, dias atrás, ao amigo Cristiano Alves, na qual ele afirma existir um aumento assustador de pessoas vendendo ou consumindo drogas são mais que verdadeiras, mas mesmo assim, acredito que estamos bem longe desse buraco vivido por inúmeras cidades de norte a sul deste país sem leis.
Por aqui, as nossas forças de segurança (Polícias, Civil e Militar e Guarda Municipal) continuam não brincando em serviço e todo dia tem traficante sendo preso. Quem se atreve a entrar nessa ciranda, certamente cairá do cavalo e o destino será a cadeia.
Outro ponto positivo em relação a esse mal é o funcionamento do Hospital para Dependentes Químicos que já está em plena atividade. Nada menos do que 75 pessoas têm acesso, quase de imediato, a tratamentos de recuperação; um bem que não existe em muitas das grandes cidades brasileiras.
Enfim, acho que de fato, estamos vivendo um momento muitíssimo perigoso, no entanto, acredito que com esse aparato todo de pessoas interessadas, em trabalhar, principalmente na prevenção, certamente esse crescimento incontrolável de militantes nesse mundo podre, será contido, até porque, eu penso assim: só come pão quem aprendeu a gostar de pão. Se ninguém ganhar gosto por ele, os padeiros estarão ferrados.
Aproveito a oportunidade para, de maneira muito especial, abraçar os integrantes (todos, indistintamente) da equipe do meu amigo Doutor Paulo Buchignani. Queridos amigos, aprendi que na vida, jamais o bem é suplantado pelo mal. O profissionalismo de vocês, com certeza, vem fazendo a diferença nessa verdadeira guerra de pessoas do bem com esses criminosos da pior espécie.
Com o mesmo carinho abraço outros componentes das nossas forças de segurança: o soldado PM Benedito Rocha Machado, um moço dedicado, comprometido com a valorização dos nossos jovens e que é adorado demais por milhares de crianças e adolescentes da nossa acolhedora Botucatu, sendo, inclusive, o grande responsável pelo PROERD; seus companheiros de corporação, Soldados PM Aline Moraes, Robson Pontes Tavares e Daniel da Silva Santana e, por fim, um filho que Deus me ofereceu, anos atrás: o menino Mauro Henrique Dias, um mágico de primeira linha, que se dedica integralmente, fazendo palestras e mostrando, ? s nossas crianças, a importância de se viver longe das Drogas. A MELHOR SAÍDA SEMPRE FOI NÃO ENTRAR! Isto é ou não verdadeiro?
Rubens de Almeida – Alemão
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