A DESORDEM, INFELIZMENTE, É QUEM “DÁ AS CARTAS” NO NOSSO QUERIDO BRASIL

Rubens Almeida
A DESORDEM, INFELIZMENTE, É QUEM “DÁ AS CARTAS” NO NOSSO QUERIDO BRASIL 14 junho 2014

Confesso que sempre evito me manifestar, nesta coluna, sobre assuntos indigestos e desagradáveis; prefiro ocupar este precioso espaço com minhas impressões positivas sobre as coisas, pessoas e situações acerca do nosso feliz cotidiano.

  Resisto renitente em repousar meus olhos e minha escrita, no prisma festivo, comemorativo, emblemático dos fatos diários que provocam bem estar em nossa gente. Esta é a minha maneira de “chegar” em quem me faz companhia, através da leitura para estimular a motivação do botucatuense, todavia, hoje, fugirei à regra. Até como forma de repudiar os abusos sem limites que ocorrem, cotidianamente, em todos os cantos do Brasil, rendo-me às “modernidades” do mundo jornalístico.     

Infelizmente, “nóis” brasileiros, estamos diante de uma verdadeira arruaça nacional; por infelicidade, aqui, ninguém (por mais que queira) está entendendo ninguém. Parece que nem as pessoas do bem estão apreciando o valor do diálogo. Logo…

Neste país lindo, maravilhoso e abençoado por Deus (exatamente como diz a letra da música do imortal Wilson Simonal) as coisas estão impossíveis de serem entendidas. Dia após dia ocorrem fatos que não condizem com a vontade do povo. O absurdo dos absurdos parece marcar sua presença maciçamente. No entanto, temos que ir em frente.

Estamos vivendo um momento extremamente preocupante. O abuso é tão grande que, em determinados momentos somos forçados a acreditar que, dois mais dois são cinco, tamanho o interesse em distorcer a realidade.

Prezado leitor, atente para algumas dessas incoerências: estão queimando ônibus (o nosso valoroso transporte coletivo) do mesmo jeito que se queima sobra de papéis e lixos acumulados no quintal de casa. Acabar com a vida de gente parece ter ficado mais simples do que matar barata (isso está virando moda). Sim a vida virou algo banal, mata-se como se come um prato de arroz com feijão.

Onde as coisas vão parar nesse Brasil afora? Tomamos conhecimento todos os dias, através dos noticiários, de assassinatos covardes e brutais ocorridos em todos os lugares desse imenso país. Meu amigo, você pode ignorar essas barbáries, mas a verdade é uma só: hoje se morre a cada segundo, aqui, ali e acolá, e se mata apenas, não pelo prazer de matar, mas pela desvalorização da vida, pelo capitalismo desenfreado, pela satisfação de desejos inúteis, pela desigualdade, pela riqueza, por vingança, por desprezo, enfim, isso é ou não é uma afronta as leis de Deus?

E esses “famosos” jogadores de futebol, o que explica seus elevados salários? Dias atrás tomei conhecimento que um “tal” de Anderson Martins, jogador do Catar, para trocar as suas “apresentações” oferecidas aos esportistas daquele país, pediu a bagatela de R$ 600 mil mensais ao Corinthians. É o fim da picada! Por aqui, ontem mesmo, eu e um companheiro de grupo fomos socorrer um casal de idosos (com mais de oitenta anos) que sequer tinham o quê de comer em casa. É, grande Boris Casoy, mais uma vez, vou lhe pedir licença para utilizar aquela sua frase: ISSO É UMA VERGONHA!

Mais uma só: o que explica a precariedade das unidades de saúde pública em todo o Brasil (prontos-socorros, hospitais, postos de saúde, etc), por sinal, todas custeadas, integralmente, com os impostos pagos por nós, em não atender bem a população por total falta de mão de obra e até de medicamentos? Aberrações intragáveis que ocorrem neste “lindo” país. Ainda bem que os “rolezinhos” (lembram-se deles?) não pegaram, senão…

 Cada dia mais insuportável, a realidade é esta. Estamos vivendo um tempo de total inversão de valores, emaranhados em dificuldades de toda ordem e muitas desconfianças. Claro que esse amargor nem sempre nos impede de pensarmos grande e, ao mesmo tempo, almejarmos um futuro mais grato para todos.

Ah, e aqui na nossa UNESP como as coisas vão ficar, sobretudo porque as atividades estão todas paradas por falta de conversação entre os trabalhadores e o Comandante da Instituição que, diga-se, foi escolhido por nós mesmos? Gente, como pode uma potência como a nossa Universidade negar a correção salarial aos seus funcionários depois de doze meses de trabalho? Sem comentários!

Difícil é saber que a Copa do Mundo está apenas começando. Claro que (pelo menos dizem) não foi utilizado dinheiro público na construção dos inúmeros “elefantes brancos” em vários estados brasileiros. “Êta nóis”!

“Bão” encerro este meu “conto” lembrando dos dizeres, sempre frequentes, do meu saudoso amigo, Doutor Élson Felix Mendes: “ …meu irmão, nós não convivemos somente com a desgraça; entre nós, também ocorrem muitas coisas boas…”. E foi exatamente assim que terminei a última semana.

Na sexta-feira (06/06) senti uma satisfação enorme em ser convidado para tomar um cafezinho com um dos filhos mais ilustres de toda a família brasileira: o escritor botucatuense Doutor Francisco Marins.

Que orgulho! Quanta honra de ser chamado para auxiliar a equipe que está “tocando” as obras da construção do Hospital de Prevenção do Câncer de Botucatu, inclusive, no tocante à busca de parceiros! E receber de presente uma das suas maravilhosas obras (Do Berrante ao Apito) autografada, dá para aguentar? Foi gratificante demais ser recebido em sua residência lá no bonito e encantador “Vale do Sol”.

Com muita alegria, aproveito o desfecho deste “conto” para mandar um cordial abraço às minhas amigas, Enza Grotteria Denadai e Adelina Guimarães, que na noite de sábado passado foram homenageadas pela Academia Botucatuense de Letras com o título de “HONRA AO MÉRITO”. Parabéns queridas amigas, vocês, com certeza fazem por merecer todo tipo de reconhecimento, sobretudo, porque são duas das melhores colunistas sociais da terrinha.

Também com muito afeto, envio outro caloroso abraço a um grande leitor das minhas colunas semanais, com quem, de um jeito bastante triste me encontrei na manhã do último sábado, durante o velório do já saudoso amigo Geraldo Pires Corrêa (o “Lalo” da A Favorecedora), que nos deixou para ir ao encontro DELE, o nosso PAI: meu amigo Carlos Eduardo Pupo Neves, irmão do também meu amigo João Pupo Neves.

E, por fim, cumprimento o querido Padre Delair S Cuerva. Este respeitável religioso, na noite da sexta-feira que passou, “juntou” os seus amigos e um “montão” de fiéis para comemorar lá no bonito Espaço Andreolli, os seus 25 anos de sacerdócio. Um grande abraço e parabéns pelos vitoriosos “anos de estrada”, caro amigo.

 

Rubens de Almeida – Alemão

[email protected]

 

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