Êta vidinha danada essa nossa! Mais uma vez fui pego de surpresa por um acontecimento lamentável que machucou toda a minha grandiosa família.
Confesso que havia me preparado para curtir bastante o feriado prolongado de Finados para descansar no meu cantinho lá no Bairro da Mina, ao lado do meu pessoal e, especialmente, dos meus pimpolhinhos Netão e Ana Clara, porém, a morte inesperada de um componente de um time de onze irmãos da família do saudoso casal Tereza e Antonio de Almeida, interrompeu minha programação festiva. A expectativa era grande, além disso, já tinha até encontrado inspiração suficiente para escrever nesta semana sobre o que penso dessa guerra nojenta que levou a senhora Dilma Rousseff a ocupar a cadeira da Presidência da República.
Prezado leitor, toda vez que algum amigo especial nos deixa para ir morar no céu ao lado do Todo Poderoso, de cara, recordo-me dos dizeres sólidos e verdadeiros de uma música bonita (CHUVA CAI LÁ FORA) da dupla Zezé Di Camargo & Luciano: … COMO A ÁGUA VAI PROCURANDO O MAR; SEM DIZER ADEUS, FOI PRA NÃO VOLTAR…. Que pena! Com a perda de outra figura especial em minha vida, na última terça-feira, quis Deus que eu voltasse a sentir o gostinho amargo do significado das palavras contidas neste verso, aliás, nada consegue explicar melhor a sensação da morte do que o seu conteúdo.
Como todos nós (todos mesmo) sabemos que estamos de passagem por este mundo incerto e duvidoso, não há nada a fazer senão acatar a vontade Dele; na manhã triste e desolada do Dia de Finados, o Dono do Universo resolveu por fim a trajetória de vida de um dos meus maiores e mais antigos amigos: meu irmão Oswaldo de Almeida.
Com certeza, a nossa gloriosa família ficou um pouco enfraquecida com a morte desse membro tão respeitado. Perdemos de uma só vez, um irmão diferenciado, um pai de família bem acima da média e um dos ferroviários da velha guarda mais conceituados dentre os seus tantos companheiros. Eu, que por diversas vezes utilizei este espaço para homenagear um companheiro que também partiu, não imaginei que hoje seria ainda mais doloroso prestar o mesmo tipo de homenagem a um irmão leal, querido e, acima de tudo, carinhoso com os familiares.
Enfim, a vida é isso mesmo, uma autêntica ciranda. Hoje estamos aqui, amanhã ali e depois de amanhã, podemos até imaginar, mas, quanto pequenos somos para ousar afirmar. A mim não resta outra coisa a fazer a não ser acatar a vontade Dele e pedir muita proteção num momento tão difícil como este. Com o coração pulsando bem devagarzinho imploro ao nosso Pai que dê todo conforto para que eu e meus familiares possamos superar a triste dor desta perda.
Até qualquer dia querido Bengalão. Com certeza, um dia, estaremos juntos novamente e, o mais importante, ao lado do outro mano João Batista e dos nossos queridos e inesquecíveis pais Tereza e Antonio de Almeida, que há alguns anos já habitam junto do Senhor.
Apesar de toda a tristeza que tem me acompanhado nos últimos dias, envio um forte e carinhoso abraço a um valoroso ser humano, de quem me lembrei muito nesses momentos desagradáveis que enfrentei: meu inseparável amigo e leitor dos meus contos semanais, João Santini, o estimado e sempre lembrado, João do Ipê.
Também, de maneira carinhosa abraço um padrinho maravilhoso que todo mundo gostaria de ter e que, nesses dias difíceis que enfrentamos, apesar dos seus oitenta anos, deu aulas de como devemos ser solidários e fraternos uns com os outros: meu paizão Orlando de Almeida.
Rubens de Almeida – Alemão
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