A glória eterna do Coliseu 

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A glória eterna do Coliseu  06 agosto 2016

Texto e fotos: Arquiteto Pedro Paulo Pacheco

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O início das grandes apresentações foram nesse anfiteatro, embora tenha sido palco de lutas sangrentas entre homens e feras, e posteriormente para execução de cristãos perseguidos pelo Império Romano, hoje é uma das 7 maravilhas do mundo Moderno e grande referência na Arquitetura Clássica.

Seu verdadeiro nome é Anfiteatro Flaviano e foi construído entre os anos de 70 a 90 d.C. por encomenda do imperador Vespasiano, foi projetado para ficar exatamente sobre as ruinas do antigo palácio de Nero, que no ano 64 d.C. foi o protagonista do famoso incêndio em Roma, fato este ainda não muito esclarecido pela História.

DSC_0157_FotorHistória, realmente, é o fato de Nero ter sido um dos imperadores mais impopulares de Roma, e Vespasiano queria assim varrer para baixo do tapete seu antecessor impopular.

Uma das poucas ruinas que sobreviveram a esse grande incêndio foi uma colossal estátua, conhecida como Colosso de Nero, que foi então transportada durante as obras para o lado externo do anfiteatro. Por ser a última representação do poder de Nero, foi modificada e dedicada para o deus Sol Invictus, passando a ser chamada de Colossus Invictus.

Com a inauguração do Anfiteatro Flaviano e a proximidade dele com a estátua, foi então chamada, em latim, de Colosseum, mais tarde em italiano Colosseo. No ano de 410 d.C. ela já não existia, mais seu nome acabou ficando popular.

Na Idade Média este famoso anfiteatro caiu em grande ociosidade, e durante o Renascimento teve seus adornos em pedra retirados e aproveitados em outras construções mais recentes, era a busca pelo clássico no clássico. Somente no século XVII o papa Bento XIV declarou o local como santo e de reflexão pelas vidas ali sacrificadas, hoje uma grande Cruz em metal fundido marca o local exato do camarote real, onde as execuções eram ordenadas.

Essa grande obra deu início a frase em latim Panem et Circenses (Pão e Circo), onde a população era totalmente entretida com grandes espetáculos e o alimento era “praticamente de graça”, tudo pago pelo povo através dos impostos altíssimos. Esta frase em questão não circulava na época, foi incorporada por historiadores para designar este momento da história e ironizar momentos mais recentes.

Embora seu uso tenha sido o pior possível, sua construção influenciou os grandes estádios como temos hoje. Esta grande construção vive até hoje para nos lembrar do verdadeiro significado do esporte, onde a paz reina na bandeira e todas as raças e crenças se unem, como anéis.  Onde menino do País mais remoto da Terra pode um dia chegar a ser um gladiador, sendo sua maior arma não a espada, e sim o suor depositado até a chegada da corrida, até a glória eterna.

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