Criamos expectativas, esperamos com ansiedade o dia de amanhã e muitas vezes fixamos o olhar no passado, criamos dificuldades em nos desvincularmos do ontem para vivenciarmos o momento presente. Interessante que o momento em que vivemos nos levou a criar expectativas, remexer no passado e tentar desenhar o futuro. A realidade política que nos impulsiona hoje e em especial nesta semana é fazermos a escolha certa, pois o momento presente pode nos impedir de reconstruir a história e projetar um futuro que ainda não chegou, consequentemente nos cegando de enxergar o momento presente, pois o que decidirmos no próximo domingo é o que poderá escrever o rumo da história por mais quatro anos.
O poder midiático dos meios de comunicação é capaz de “cegar” a consciência histórica de uma sociedade, pois podem transformar a embalagem muito mais atraente e agradável do que o conteúdo. Muitas coisas são ditas e muitas verdades deixam de ser reveladas, pois a meta agora é alcançar aquilo que realmente interessa. A filosofia grega sempre nos apontou para a grandeza da política como a arte de governar com sabedoria buscando o bem comum, onde o governante é chamado a olhar e criar condições para que o bem comum esteja acima do bem partidário ou pessoal. Dentro deste cenário a sociedade possui outra grande arma em suas mãos, isto é, o livre arbítrio para escolher livremente a pessoa que poderá representar os interesses globais de uma sociedade.
A força de um voto, de uma escolha pode ser somada a um grande número de pequenos votos, pequenas escolhas que buscam acertar um nome, o qual deveria ter uma equipe formada e movida pelo mesmo interesse de encontrar o bem comum. Um candidato, uma candidata não é conhecido apenas no período eleitoral, pois a história já deveria estar construída mesmo nos bastidores da vida pública, uma realidade apresentada dentro de toda a história pessoal, pois o poder dado revelará quem de fato é a pessoa e o que pensa. Conhecer a história, analisar fatos, ter ciência da vida social e os valores vividos e não prometidos, são orientações que nos ajudam a decidir quem escolher na urna e não podemos esquecer que depois de eleger alguém teremos que esperar mais 4 anos para repensar em bem utilizar nosso livre arbítrio. A decisão tomada hoje, sem verificar a história certamente nos dará um futuro não muito agradável. Escolher a pessoa sem máscaras e sem conchaves, pois a vergonha nacional da corrupção começa nas pequenas vendas e seduções, as quais acabam sendo colocadas acima do bem de todos, vantagem pessoal sempre nos trará vergonha nacional!!!
Padre Emerson Anizi
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