 14 agosto 2016
 14 agosto 2016
        
 Nestes dias estamos vivendo a grandiosidade do espírito olímpico, onde todas as culturas se encontro e dentro de uma rivalidade esportiva conseguem encontrar a comunhão envolvente de todas as raças. Esta é uma das belezas da globalização. Ao mesmo tempo podemos perceber que mesmo dentro desta realidade positiva, encontramos situações constrangedoras, as quais também são frutos da chamada globalização.
Nestes dias estamos vivendo a grandiosidade do espírito olímpico, onde todas as culturas se encontro e dentro de uma rivalidade esportiva conseguem encontrar a comunhão envolvente de todas as raças. Esta é uma das belezas da globalização. Ao mesmo tempo podemos perceber que mesmo dentro desta realidade positiva, encontramos situações constrangedoras, as quais também são frutos da chamada globalização.
A globalização ofereceu a sociedade a capacidade veloz da comunicação e o intercâmbio de culturas, favorecendo o conhecimento e encurtando a distância entre pessoas, possibilitando vínculos e manutenção dos mesmos. Uma mistura visivelmente possível pelas famosas e tão desafiadoras redes sociais.
Redes sociais que proporcionam um mundo a ser explorado e descoberto, novas amizades, novos relacionamentos, ou seja, um canal que pode sem dúvida trazer muitos benefícios para quem sabe usar de maneira equilibrada e conscientemente. Ao mesmo tempo as redes sociais também oferecem ferramentas que são capazes de criar personagens que não são capazes de encontrar seu espaço no mundo real e criam personalidades virtuais, transferindo para a rede tudo aquilo que não conseguem viver na vida cotidiana. Perfis projetados com tudo aquilo que não se vive na realidade e talvez pela frustração, fraqueza, medo ou incapacidade, ou até limitação pessoal, acabam se tornando na virtualidade tudo aquilo que não é em sua própria realidade.
Interessante notar que as páginas, perfis, são como páginas em branco que aceitam tudo e sem filtro, de acordo com a vontade e a liberdade de quem escreve. Covardemente julgam, escracham, denigrem e difamam pessoas no mundo real, onde a virtualidade ganha corpo e forma, através de comentários e ridicularização, verdadeira covardia, pois aquilo que não conseguem dizer face a face, pessoalmente, acaba dissipando no mundo virtual. Lembremos do caso da judoca Rafaela Silva, medalhista olímpica, que através das redes sociais sofreu atos de racismo, insultos, palavras que a feririam na alma, assim como a seus familiares, certamente ofensas covardes que jamais seriam ditas frente a frente, comentários cheios de coragem postados por pessoas corajosas na virtualidade, porém covardes e pequenas na vida real.
Um belo filtro antes de qualquer digitação deveria ser a pergunta: “…será que aquilo que escrevo, comento na virtualidade, eu seria capaz de dizer face a face?…o que comento, o que escrevo traz algo de bom?…antes da minha escrita, já coloco em prática o que estou opinando?”. Desta maneira podemos evitar que o mundo virtual se torne projeções de nossa frustração pessoal e de nossa incapacidade de fazer a diferença no dia a dia real. Usar as redes sociais conscientemente é uma forma de bem utilizar tudo de bom que a globalização nos trouxe.
Padre Emerson Anizi
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