Após uma semana de ter suspendido as demissões de funcionários, a empresa Caio irá demitir aproximadamente 300 funcionários. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu, nesta quinta-feira, 07.
“Apesar de todos os esforços do Sindicato, que inclusive levou a duas assembleias, onde os trabalhadores não aprovaram o acordo proposto pela empresa Caio, com grande pesar, recebemos a notícia de que 300 pessoas serão demitidas nos próximos dias. O sindicato, de todas as formas, atuou para que tantas famílias não perdessem seu sustento, buscando novos e melhores acordos com a direção da empresa, sempre pensando no bem estar de todos”, diz texto assinado pelo presidente do sindicado, Cláudio Beiço.
“Seguiremos negociando com a empresa e conversando com nossas autoridades para amenizar os impactos dessas demissões. Nosso departamento jurídico está a disposição de todos. Reiteramos nosso compromisso com os metalúrgicos nesse dia tão difícil para todos nós. A grandeza da crise econômica pode ter sido ignorada por alguns, mas agora é momento de união e luta pela nossa classe”, concluiu a nota.
No dia 21 de setembro deste ano foram dispensados 270 colaboradores da Caio de sua unidade em Botucatu. O fato foi confirmado pela empresa através de uma nota oficial. Em comunicado a Caio alegou que a situação do mercado de ônibus não evoluiu como esperado. Também cita incertezas políticas, econômicas e a pandemia.
Segundo a Caio, na ocasião, foram priorizados os aposentados e aqueles que gostariam de ser desligados por motivos pessoais. O Acontece Botucatu entrou em contato com a assessoria da empresa, que enviou a seguinte nota oficial:
“Reiteramos que o mercado de ônibus, segmento no qual a fabricante Caio está inserida, foi um dos mais prejudicados pela pandemia. Mesmo diante desse cenário, a Caio sempre se preocupou com seus colaboradores e familiares, propondo Acordos e medidas (como suspensão temporária de contratos, férias, banco de horas), para que as perdas fossem as menores possíveis para todas as partes.
A empresa está priorizando a manutenção dos empregos já há quase seis anos, numa situação de vendas aquém do potencial produtivo e do número de colaboradores que possui em seu quadro.
O último Acordo proposto, de implementação de lay-off, foi votado por meio de Assembleia nessa semana, como mais uma medida utilizada pela empresa para mitigar os efeitos da crise. Uma alternativa temporária que, em grande parte dos casos, não haveria defasagem no valor da remuneração mensal dos colaboradores.
Com a negativa do aceite do Acordo e o esgotamento de todas as possibilidades, a Caio realizará desligamentos nos próximos dias, necessários para equalizar a atual capacidade produtiva às vendas.
Mantemos, como sempre, o compromisso de informar os colaboradores da Caio, a comunidade e a imprensa com respeito e transparência. Todas as informações sempre são divulgadas por meio de nossos canais oficiais.”
* Texto atualizado às 12h08 com a inserção da nota oficial da empresa Caio
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