Fotos: Luiz Fernando
“Até esta sexta-feira (15) computamos no setor metalúrgico de Botucatu a demissão de 760 funcionários, mas previsão é que esse número pode chegar a mil casos ao final desse primeiro semestre, em razão da crise que afeta não só a região de Botucatu como o Brasil”. Foi o que disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu, Miguel Ferreira da Silva.
Ele cita que das empresas de metalurgia da cidade, onde se incluem a Embraer, Irizar, Tecnault, LTM, entre outras, a que mais demitiu foi a Caio que tem 4 mil funcionários e dispensou 380, desde janeiro. “Estamos fazendo cerca de 50 rescisões contratuais todos os dias e as empresas continuam demitindo”, disse o sindicalista.
Além das empresas de maior porte, a crise acaba afetando, também, as prestadoras de serviços. “Muitas delas são fornecedoras de peças e com a produção abaixo do normal estão sendo afetadas, pois não recebem pedidos”, coloca Silva. “Entre os demitidos temos muitos que fizeram cursos qualificados e de aperfeiçoamento”, emenda.
Ele cita que a Embraer também está demitindo, mas em proporção muito menor. A Irizar que fabrica carroceria de ônibus rodoviários, transferiu 80 funcionários para a empresa matriz na Espanha, esperando uma melhora no mercado para evitar demissões.
“Estamos preocupados com as demissões e não podemos culpar as empresas que tiveram uma queda significativa na produção. Nossa expectativa é que o mercado produtivo volte ao normal para que as demissões sejam contidas”, concluiu.
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